
Premiada comédia de Woody Allen, "A Rosa Púrpura do Cairo" é uma grande homenagem do diretor ao cinema. E com uma ideia bastante criativa, Allen, mais uma vez, nos entrega um roteiro brilhante, inteligente e repleto de boas sacadas. Um dos melhores do cineasta.
por Fernando Labanca
Conhecemos Cecília (Mia Farrow), uma garçonete que trabalha duro para sustentar seu marido bêbado e violento, e não há esperança de uma vida melhor, ambos vivem nos tempos difíceis da Grande Depressão. A única coisa que alivia sua realidade é o cinema, onde assiste inúmeras vezes as sessões de seus filmes favoritos. Eis que indo pela quinta vez assistir "A Rosa Púrpura do Cairo", Cecília é surpreendida ao ver o herói do filme, no qual era apaixonada, Tom Baxter (Jeff Daniels), sair da tela grande e seguir em sua direção lhe oferecendo uma vida melhor, exatamente aquela que existia no cinema. O problema começa quando os personagens do filme não conseguem mais realizar a história sem ele, fazendo com que o ator que o interpreta, Gil Shepherd (Daniels) decida ir em busca de sua própria criação, o impedindo desta loucura de querer viver a vida real.