
por Fernando Labanca
O nascimento da obra é bastante curioso, logo que surgiu pelo investimento do próprio público através da campanha criada por Zach no Kickstarter. Em apenas três dias, ele conseguiu mais de dois milhões para produzir seu filme. Escreveu o roteiro com a colaboração de seu irmão, Adam J.Braff e reuniu um elenco de peso para estrelar seu projeto, no qual lançou no Festival de Sundance, em 2014. Protagonizado por ele mesmo, onde interpreta um ator fracassado (Sim, de novo!), a trama gira em torno deste homem, Aidan Bloom, que após ter atingido certa idade, compreende que não conquistou muitas coisas e esta sua crise só piora quando recebe a notícia de que seu pai, Gabe (Mandy Patinkin) está prestes a morrer. Outro problema é que, devido a isso, ele é obrigado a tirar seus dois filhos da escola, pois era Gabe quem pagava as mensalidades. É então que Aidan passa a ensiná-los dentro de casa, contando sempre com o apoio de sua esposa Sarah (Kate Hudson), que trabalha fora e praticamente o sustenta. No meio disso tudo, ele ainda precisa convencer seu irmão, Noah (Josh Gad), a perdoar seu pai, para que antes da morte, possam estar, pela última vez, juntos.
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"Quando eu era criança, eu e meu irmão brincávamos de fingir que éramos heróis com espadas.
Nós éramos os únicos que poderiam salvar o dia. Mas, talvez, criamos um padrão um pouco alto demais. Talvez nós fôssemos apenas seres comuns. aqueles que deveriam ser salvos."
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Nós éramos os únicos que poderiam salvar o dia. Mas, talvez, criamos um padrão um pouco alto demais. Talvez nós fôssemos apenas seres comuns. aqueles que deveriam ser salvos."
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A trama de "Wish I Was Here" é bastante confusa, no sentido de que parece não haver um foco e por isso as situações chegam na tela sem um grande propósito, é tudo muito aleatório, perdido, onde os personagens estão presos em uma situação e não avançam para nenhum outro ponto. Com toda a certeza, o roteiro é a grande falha deste retorno de Zach Braff no cinema. Ele peca, ainda, por reprisar o mesmo problema de "Graden State", sua primeira meia-hora. O tempo exato para trazer o público para dentro da trama e o instigá-lo a continuar, Braff desperdiça com momentos que nada dizem e isso se torna um grande problema quando ele não consegue mais recuperar isso, seguindo com sua trama sem rumo algum. O que resta, porém, por trás destas falhas são suas boas intenções e são por elas que nos envolvemos, criamos uma certa identificação com o que é mostrado, como a relação do protagonista com a fé e aquele medo constante de nunca vencer. É muito sensível, também. sua relação com a família, ainda que soe bastante forçado a felicidade e otimismo de todos eles. Além de tudo isso, é muito interessante essa analogia que a trama faz com as ficções científicas - e a direção de arte capricha nesses instantes - e com este universo fantasioso onde homens são heróis. Aidan não é herói, ainda que a criança que ele fora um dia sonhasse com isso, no entanto, estar na Terra requer certos esforços diários, requer coragem, principalmente quando estamos diante do inevitável, a morte, quando percebemos, enfim, a efemeridade da vida.


NOTA: 6,5
País de origem: EUA
Duração: 106 minutos
Diretor: Zack Braff
Roteiro: Zack Braff, Adam J. Braff
Elenco: Zach Braff, Joey King, Pierce Gagnon, Kate Hudson, Mandy Patinkin, Josh Gad, Ashley Greene, Michael Weston, Jim Parsons
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"Nada na vida irá requer de nós mais coragem do que encarar o fato de que ela termina."
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Duração: 106 minutos
Diretor: Zack Braff
Roteiro: Zack Braff, Adam J. Braff
Elenco: Zach Braff, Joey King, Pierce Gagnon, Kate Hudson, Mandy Patinkin, Josh Gad, Ashley Greene, Michael Weston, Jim Parsons
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