segunda-feira, 7 de maio de 2018

Filmes vistos em abril


Abril acabou e com isso, faço mais um post aqui no blog, relembrando os filmes que vi durante esse mês. Aproveito, também, para dar essas dicas, caso estejam a procura do que assistir! Deixem nos comentários algo que tenham visto e vale a pena compartilhar!


Liga da Justiça

Não é a bomba que parecia ser. Também não é bom quanto poderia ser. É um blockbuster mediano, que não ofende, mas não oferece nada além do que já nos foi apresentado. Tirando um Ben Affleck automático, o restante do elenco é carismático e ajuda a manter nossa atenção. No entanto, o excesso de efeitos visuais atrapalha a obra, caindo no mal gosto na maior parte do tempo. Muito distante da qualidade que se iniciou em O Homem de Aço em 2013, chega a ser triste o tratamento que personagens tão icônicos acabam tendo nas mãos de Joss Whedon, que faz um recorte confuso e desinteressante de um filme que era, há anos, muito aguardado pelos fãs.



The Little Hours: A Comédia dos Pecados

Comédia norte-americana, levemente inspirada em "Decamerão", "The Little Hours" acompanha alguns dias de um convento onde vivem freiras desbocadas. Há uma série de situações constrangedoras que envolvem sexo e cultos satânicos. A ideia era ser uma sátira, no entanto, a produção que mira na provocação e no politicamente incorreto, acerta em cheio na vergonha alheia. É de extremo mau gosto todas as situações mostradas e chega a ser triste ver seu elenco, que conta com nomes como John C.Reilly, Molly Shannon e Dave Franco. Aubrey Plaza, que é uma das protagonistas, torna tudo ainda pior, ao insistir em seus tantos trejeitos como atriz.



Apenas Um Garoto em Nova York

O simpático título, que logo nos remete a canção icônica de Simon and Garfunkel, pode soar como uma bela propaganda enganosa. Ou não, talvez a obra só tenha a pretensão de ser simpática mesmo. Não há nada além disso. Se trata um filme insosso, repleto de personagens sem alma, sem nada a dizer, perambulando por Nova York. Um grande desperdício de elenco que traz atores como Jeff Bridges e Kate Beckinsale. O roteiro até se esforça em flertar com o cinema de Woody Allen, mas é vazio demais para conquistar tal feito.  



A Grande Jogada

Primeiro filme dirigido pelo renomado roteirista Aaron Sorkin ( A Rede Social, Steve Jobs), "A Grande Jogada" traz, mais uma vez, um texto verborrágico, veloz e graças a este excelente roteiro, prende nossa atenção. No entanto, a história nem sempre é das mais interessantes e perde pontos por ser desnecessariamente longa. Soa como se não houvesse material bom o suficiente para preencher todo o seu tempo, dando voltas e algumas vezes, não saindo do lugar. Sorte é ter Jessica Chastain como protagonista. Ela é alma da obra e entrega mais uma atuação irretocável.



Um Lugar Silencioso

Segundo longa-metragem de John Krasinski, que surpreende ao entregar um produto de extrema qualidade, revigorante, esperto e de uma sensibilidade admirável. Ele navega com cuidado entre o susto e o drama em uma trama onde seus personagens necessitam do silêncio para sobreviver. É o tipo de história que requer, além de criatividade, uma boa dose de coragem e ousadia. Se trata de um filme bem conduzido, que nos prende e nos deixa constantemente apreensivos.



Aos Teus Olhos

Drama nacional, "Aos Teus Olhos" é baseado em uma peça de teatro e dialogo bastante com a atualidade. É uma obra extremamente real e o desenvolver de sua trama assusta justamente porque sabemos o quão possível ela é. A história fala sobre um professor de natação (Daniel de Oliveira) que é acusado pelos pais de um dos alunos, de pedofilia. Sem provas concretas do ocorrido, as redes sociais passam a ser o palco onde diversas pessoas acreditam estar fazendo "justiça", o humilhando e tornando o que acreditam na verdade mais pura em um incontrolável linchamento virtual. Um pequeno episódio que acaba tendo uma proporção gigantesca. É denso, pesado e o mais interessante é por sempre plantar a dúvida em nossa mente também, onde nunca sabemos se há realmente um culpado nessa situação. O único problema é seu final, que termina mesmo quando havia muito o que dizer, deixando uma estranha sensação de vazio, de filme não finalizado.  



Suspiria

É sempre muito decepcionante ir atrás de um "clássico do cinema" e encontrar um filme que pode até ter sido um marco na história do terror, principalmente por ter servido de inspiração para muita coisa que veio depois, mas não é uma obra-prima. Está muito longe disso. Sua fotografia com cores fortes foi um marco, assim como seu design inovador. Os cenários e objetos de cena trazem muita identidade ao filme, no entanto, quando eliminamos isso, não sobra muita coisa. Sua trama é sem graça, pouco reveladora, que termina de forma apressada e não causa muito espanto. Sobra gritos e atuações exageradas. 



Ingrid Goes West

Aquela comédia que é tão trágica que mal conseguimos rir. A ideia é excelente e o roteiro, muito bem escrito, nos atinge ao falar tanto sobre nós, sobre os tempos atuais que nos assombram. Sobre esta segunda vida que criamos nas redes sociais, nesta vida que vendemos e que é tão distinta de nossa realidade. No filme, uma garota começa stalkear uma influencer digital do Instagram e decide criar um plano bizarro para ser sua amiga. Aubrey Plaza e Elizabeth Olsen estão ótimas. Um filme surpreendente, ousado, muito bem realizado, que diverte, mas suas críticas são tão dolorosas que termina com a sensação de que vimos uma drama bem pesado. 



A Ghost Story

"A Ghost Story" me pegou de surpresa. Não sabia o que esperar, apesar de já ter ouvido inúmeros elogios de outras pessoas. Foi um baque. Um choque lento, doloroso e que me fez ter a certeza de que estava diante de algo diferente de tudo o que já vi. Ora drama, ora um assombroso conto de terror. Seu protagonista é um fantasma que usa um lençol com buracos nos olhos e o filme caminha praticamente todo em silêncio. Se trata de um produto feito de belas imagens e que nos atinge fortemente. Que nos impacta com o vazio, nos faz refletir sobre a vida e nos faz sentir tão pequenos diante dela. Uma obra comovente, humana e extremamente sensível em cada saída que encontra. É como um sonho absurdo, fascinante, bizarro, melancólico e que ecoa em nossa mente como poesia.



Todas As Razões Para Esquecer 

Quase como uma versão simplificada e nacional de "500 Dias Com Ela", o filme de Pedro Coutinho não tem o mesmo prestígio e originalidade de sua fonte de inspiração. Gosto por revelar o lado masculino de uma relação a dois, o quão fragilizado fica o garoto que se separa daquela que tanto amou. Nunca é um ponto de vista interessante para as comédias românticas e por essa intenção é válido. No entanto, o longa não é nada revelador, não traz questionamentos interessantes e assim como seu protagonista, o roteiro não tem nada de útil a dizer, a acrescentar. Recheado de personagens sem alma que proclamam diálogos calculados e pouco espontâneos. No fim, uma coleção de razões para esquecermos facilmente o que acabamos de ver.

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