
por Fernando Labanca
Confesso que o filme nunca me chamou a atenção por nada, o título nacional ajudou bastante para o meu preconceito, Nicole Kidman é uma atriz que admiro mas estava afastada e fazia tempo que não a via fazendo algo de qualidade, até que ele chega nos cinemas bem tímido mas recolhendo críticas altamente positivas, me fez pensar duas vezes, felizmente.
O longa dirigido por John Cameron Mitchell, narra a história de um estranho casal, Becca (Kidman) e Howie Corbett (Aaron Eckhart), vivem naquele típico subúrbio norte-americano, jardins impecáveis na frente de mansões que escondem famílias "felizes". A estranha rotina do casal é logo confirmada, perderam recentemente um filho, atropelado por um carro em alta velocidade. A partir de então, tentam de diversas formas, esquecer o que aconteceu.
Passam a frequentar uma reunião para pais que perderam filhos, é onde Howie conhece Gaby (Sandra Oh), uma mulher que perdera seu filho há 8 anos e a todo este tempo está tentando se recuperar, quadro que Becca faz questão de não vivenciar, deseja viver em paz em curto tempo, passa a retirar detalhes de sua casa que o lembre, tenta encontrar respostas para o fato, é quando que reencontra com Jason (Miles Teller), o jovem que matou seu filho e que tenta se recuperar também, está prestes a terminar o colégio e devido ao ocorrido se fixa numa idéia mirabolante para a criação de um livro, se fecha na fantasia, na idéia onde pessoas entram pela "toca do coelho" e encontram a verdadeira felicidade, felicidade que jamais seria encontrada na vida real.
A ideia de "Rabbit Hole" é bem simples, o segredo da obra está nos pequenos detalhes, na maneira como o roteiro tenta resolver seus conflitos, na maneira como as personagens encaram seus problemas, está em cada diálogo e em cada pequena ação. Em suma, o filme é bem original, a trama já fora vista antes em outras obras, mas o jeito como ela acontece é bem diferente, não força a barra, não tenta ser melodramático e em nenhum momento as personagens agem de forma clichê, tudo o que é dito tem fundamento, é verdadeiro, e acima de tudo, é humano.
A direção de John Cameron é incrível, faz tomadas muito bem elaboradas e sequências dignas de admiração. O roteiro, mais uma vez, vale a pena conferir, é vendo tal pérolas como esta que me faz ter a certeza de que ainda existe vida inteligente em Hollywood. A trilha sonora, intrumental, sempre chega na hora certa e sabe guiar os momentos mais tensos até aos mais dramáticos. Ainda há humor e muito bem inserido, aliás.


NOTA: 9
Concordo plenamente:
ResponderExcluir"Uma obra emocionante, que comove sem exageros ou melodramas.."
Podes ver a minha opinião sobre este filme no meu blogue em
http://silenciosquefalam.blogspot.com/2011/06/filme-rabbit-hole-2010.html
Este teu blogue é excelente!!
Valeu pelo comentário, Miguel! Volte sempre, hehe!
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