quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Retrospectiva 2016: As Melhores Atrizes


Começo aqui os posts especiais com as melhores atuações do ano passado. Sempre gostei de fazer retrospectivas aqui no blog, que vejo como forma de relembrar e também homenagear tudo o que teve de bom (e que algumas vezes até esquecemos). No campo das interpretações femininas, acabei me surpreendendo, logo que muitas performances elogiadíssimas e até premiadas não me tocaram, enquanto que acabei admirando o trabalho de outras atrizes menos prestigiadas neste ano. Foram vários papéis marcantes e histórias de mulheres que valeram a pena serem contadas. Logo que como toda lista, muitos nomes excelentes ficaram de fora e nos comentários fiquem livres para relembrá-los. Lembrando que citei apenas aquelas que apareceram em filmes lançados no Brasil em 2016, independente do lançamento no país de origem.

Com vocês...as melhores atrizes do ano.





15. Sandra Bullock 
(Especialista em Crise)

Warner Bros.
Quando vi o trailer deste filme confesso que fiquei com bastante preconceito e achei que seria mais um daqueles momentos sérios na carreira de Sandra Bullock que seria exageradamente superestimado. Por fim, o filme - que longe de ser ruim - foi completamente ignorado no ano, assim como sua atuação. É mais um daqueles momentos que nos lembra o que faz da atriz tão boa, onde, com todo o seu talento, consegue de forma brilhante trilhar da comédia para o drama em um mesmo instante, em uma mesma cena. É uma personagem divertida e carismática inserida em um contexto extremamente denso e Bullock acerta ao não cair na caricatura, realizando grandes sequências.




14. Lily Tomlin 
(Aprendendo com a Vovó)


Outra produção bastante menosprezada aqui no Brasil, a comédia dramática de Paul Weitz trouxe o talento de Lily Tomlin de volta às telas, após seu sucesso na TV na série da Netflix "Gracie and Frankie". Um filme leve, gostoso de ver e que se destaca justamente por sua grande atuação, na pele de uma avó badass que parte em uma viagem para ajudar a neta. Além de divertir em cena, jamais esconder a força e a dramaticidade de sua personagem.




13. Emily Blunt 
(A Garota no Trem)

Universal Pictures
Apesar da adaptação de "A Garota no Trem" ter decepcionando um pouco nos cinemas, ao menos fomos presentados com mais uma excelente performance de Emily Blunt. Rachel era uma personagem difícil, que tinha tudo para dar bem errado. Estar bêbada praticamente todo o seu tempo em cena e sem deixar que isso parecesse cômico ou forçado foi admirável. Somente uma atriz extremamente competente teria o poder de fazer isso e Blunt consegue com maestria.




12. Sally Field 
(Doris, Redescobrindo o Amor)

Sony Pictures
Outra atriz que soube dosar bem o que tinha em mãos foi Sally Field na comédia romântica "Doris". Existia uma linha muito tênue entre a doçura e ingenuidade de sua personagem e a bizarrice, a forçação de barra. Me comoveu sua entrega e essa habilidade dela em não permitir, nem por um breve instante, que sua personagem, por mais surreal que ela parecesse ser, não caísse na caricatura, no exageradamente cômico. Ficou divertido e Field fez de Doris um ser aceitável aos nossos olhos, fez de Doris uma personagem apaixonante. Existe uma cena em que ela senta diante de um espelho e limpa sua pesada maquiagem. Aquele momento me marcou e foi quando tive a certeza da grandeza de seu trabalho, porque há algo em seu olhar, uma força poderosa existente até mesmo nas sequências mais simples.




11. Mary Elizabeth Winstead 
(Rua Cloverfield, 10)

Paramount Pictures
É sempre bom ver quando atrizes se destacam em gêneros em que o público não espera por uma grande atuação, no gênero em que premiações nem perdem tempo procurando por um trabalho notável. Mary Elizabeth Winstead entregou uma das melhores atuações do ano estando em um filme de terror. Com uma personagem forte e cativante, a atriz coloca o público ao seu lado, nos faz torcer e vibrar por sua eletrizante e sufocante jornada. Sorte que ela encontrou um excelente roteiro, que lhe deu a chance para brilhar em diversos instantes.




10. Blythe Danner 
(Reaprendendo a Amar)

Paramount Pictures
Com um roteiro encantador, descobrimos uma grande personagem nesta pérola perdida chamada "Reaprendendo a Amar". E na pele desta personagem, uma atriz subestimada, que infelizmente foi vista poucas vezes em bons filmes e com bons papéis. Blythe Danner é dona de um talento esquecido, ignorado. É lindo sua entrega, sua postura, a forma como pronuncia cada diálogo. Fiquei feliz por descobrir este filme e ainda mais feliz por ter visto sua irretocável atuação, que comove até na mais das descompromissadas cenas. 




09. Saoirse Ronan 
(Brooklin)

Paris Filmes
A jovem atriz prova, mais uma vez, ser uma das melhores de sua geração. O que ela faz de "Brooklin", somente as grandes atrizes fariam. Uma personagem marcante inserida em uma trama extremamente leve e simples, onde ela consegue se destacar em vários momentos, mostrando que até mesmo na simplicidade é possível provar sua força e sem exageros, apenas com seu olhar e doçura, fez de sua Ellis uma personagem adorável, admirável, que valeu a pena conhecer e torcer por ela.




08. Amy Adams 
(A Chegada)

Sony Pictures
Amy Adams foi, sem dúvidas, uma das atrizes do ano. Além de estar nesta brilhante e elogiada ficção científica, ela brilhou no filme de Tom Ford, o suspense "Animais Noturnos". Com lançamentos nem tão distantes, foi notável a extrema diferença de uma interpretação para outra e nesses casos fica ainda mais evidente a entrega e o poder de transformação de Adams. Aqui, ela traz uma presença marcante, que apesar da tristeza existente em sua personagem, há também um ar esperançoso, além da garra que precisa mostrar em um ambiente que é cercada apenas por homens. Uma personagem forte, muito bem desenhada pelo roteiro e que a atriz devora cada instante, provando ter sido a melhor escolha para o papel.




07. Meryl Streep 
(Florence: Quem é Essa Mulher?)

Imagem Filmes
Porque lista de melhores do ano sem Meryl Streep não vale. Essa mulher não descansa? Outra veterana da lista que já fez de tudo em sua carreira e ainda não desistiu de nos surpreender. Na pele de Florence Foster Jenkins, uma cantora que brilha nos palcos mesmo sem saber cantar e somente ela não sabe disso. Apesar do filme encontrar um tom divertido para sua jornada, há algo de triste em sua personagem e Meryl sabe perfeitamente trabalhar com essas nuances. Nos encanta, nos faz rir e nos deixa maravilhados com sua entrega. Mais uma vez.  




06. Julianne Moore 
(Amor Por Direito)

Paris Filmes
Sempre digo isso e volto a dizer: Julianne Moore é aquela atriz que não tem mais nada a provar. E ainda assim, ela sempre retorna de forma incrível, renovada a cada novo papel. Baseado em fatos reais, a trama de "Amor Por Direito" é forte e emociona, no entanto, seu real impacto é causado pela magistral performance da atriz, que dá vida a uma mulher forte que precisou enfrentar um câncer terminal. Sua transformação durante o filme é chocante e comove facilmente com a honestidade que imprime em sua personagem.




05. Susan Sarandon 
(A Intrometida)

Sony Pictures
Um dos mais sinceros e belos presentes de 2016 foi encontrar Susan Sarandon em "A Intrometida". Que papel incrível! A atriz esbanja sua beleza, carisma e talento em uma personagem extremamente adorável. Delicioso poder acompanhar tudo o que ela diz durante o filme e a forma com que Sarandon faz deixa tudo ainda mais incrível de ser ver e sentir. Existe humor e também existe verdade em sua brilhante composição, que comove de forma surpreendente e encanta a cada segundo.  




04. Brie Larson 
(O Quarto de Jack)

Universal Pictures
Minha conexão como "O Quarto de Jack" foi rápida, em seu primeiro minuto já estava imerso em seu universo e nada disso teria sido possível sem duas grandes atuações. Se Jacob Tremblay foi uma grata revelação em 2016, Brie Larson - que já tinha uma carreira no cinema - conseguiu, enfim, provar de vez seu enorme talento. Com um texto primoroso em mãos, a atriz diz cada frase com a dor de quem não tem mais esperanças e amor por aquele que divide um pequeno quarto. É pesado, cruel, mas ainda assim, de uma beleza descomunal e sua presença é tão delicada, tão segura apesar da pouca idade e poderosa, impactante. Seus olhares, sua postura, sua garra diante de cada cena, diante de cada reviravolta. Foi maravilhoso presenciar a evolução de Brie Larson no cinema, em como ela abraçou sua grande chance e acabou entregando uma das melhores e mais marcantes atuações do ano.




03. Isabelle Huppert 
(Elle)

Sony Pictures
Uma das personagens mais complexas do ano, Elle não teria tido a mesma força sem a presença marcante de Isabelle Huppert. É simplesmente hipnotizante a forma com que a atriz encara este incrível e fascinante papel. Existe algo perturbador, misterioso e ainda assim cativante e sedutor nela. O roteiro é genial e não haveria outra atriz para encarar a personagem com tanta coragem como Huppert, que devora seus diálogos e faz de "Elle" um evento memorável.   




02. Alicia Vikander 
(A Garota Dinamarquesa)

Universal Pictures
Apesar de algumas premiações a terem visto como atriz coadjuvante, Alicia Vikander é, surpreendentemente, a grande protagonista no drama "A Garota Dinamarquesa". É um papel intenso, com uma carga dramática pesada, que a coloca em cenas difíceis e momentos que exigem muito de sua atuação. E como ela brilhou! Vikander é uma aposta recente do cinema e vem vindo em uma crescente, encontrando sempre personagens a sua altura e este entra para lista dos melhores momentos de uma carreira que ainda tem muito o que mostrar, mas que, sem sombra de dúvida, já conseguiu provar muita coisa. É admirável seu trabalho e comovente sua entrega, sua força em cena. O filme não era sobre ela, mas a atriz é tão grande que acabou tomando o filme para si. 




01. Sônia Braga 
(Aquarius)

Vitrine Filmes
Em um ano cheio de personagens incríveis, existiu um que, definitivamente, me deixou sem palavras. Clara, moradora do Edifício Aquarius, mulher forte e cheia de histórias, amante das lembranças e das músicas que embalam seus dias. Que incrível cada passo dado por esta memorável personagem. Que poesia sua admiração por tudo aquilo que a cerca e que foda todos os seus diálogos, toda sua vida e seus argumentos diante aqueles que são contra as suas escolhas. No fim, eu queria agradecer quem escreveu este filme e queria agradecer Sônia Braga. Fiquei extasiado pela forma como ela encarou este grande personagem, maravilhado por sua hipnotizante presença. Sua paixão, seu humor, sua garra diante de tanta pressão que sofre. Foi lindo demais de assistir.


Um comentário:

  1. cade cate blancet em Carol e Júlia Roberts no filme segredos de justiça

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