
por Fernando Labanca
Tenho percebido que o público tem encarado, de longe, o filme com um certo preconceito. Muitos já o acusam de ser clichê e previsível somente pelo trailer. O garoto desajustado que se apaixona pela vizinha, que é inclusive, muito popular no colégio. Os adolescentes norte-americanos que tanto conhecemos e já estamos cansados de ver. Sim, ele foi vendido como "mais do mesmo". Por isso é tão bom chegar ali, no cinema e se deparar com algo maior, se surpreender pela forma como o roteiro consegue escapar dessas previsibilidades. Li o livro e fiquei feliz em saber que os responsáveis pela adaptação foram Scott Neustadter e Michael H.Weber, que já mereciam todo o respeito por obras como "500 Dias Com Ela" (2009) e "O Maravilhoso Agora" (2013). Aqui, eles realizam mais um excelente trabalho, compreendem o que é ser jovem, entregam beleza à adolescência e aos tempos que passaram. Nos fazem sentir falta de uma época que adorávamos odiar, o colégio. Trata-se de um produto extremamente simples, leve, teen, mas que ganha pontos por esta vibe saudosista que insere em sua trama, pela nostalgia que nos traz.