
Quando Monty Python encontra "1984".
por Fernando Labanca
Mais um para a sessão "nunca é tarde para ver um clássico" ou "me arrepende de não ter visto isto antes". Sempre o via nas listas de filmes mais bizarros do cinema e apesar de admirar o trabalho de Terry Gilliam (que fora um dos integrantes do Monty Python), sempre o deixei para depois, até que finalmente resolvi me aventurar por esta comédia non-sense. Lançado em 1985, o longa é um dos primeiros trabalhos do ator por trás das câmeras e chegou a concorrer ao Oscar de Melhor Roteiro Original e Direção de Arte.
Comédia sobre um universo distópico, a trama acontece em algum lugar no século XX, em uma sociedade controlada pelo Governo, que entregou todos os poderes para os Serviços Centrais, uma empresa responsável por resolver todos os problemas da população, assegurando com que todos preencham devidamente os formulários e que sejam devidamente vigiados. Para este novo Sistema, informação é vital para a construção de uma sociedade livre e nada poderá fugir de seu controle. Devido a isso, uma série de ataques terroristas começam a surgir, e neste cenário conturbado, vive o pacato Sam Lowry (Jonathan Pryce), que trabalha no Ministério da Informação, cuidando de arquivos. Sua vida muda quando ele descobre que a mulher que invade seus sonhos realmente existe e parte em uma jornada para encontrá-la, e este seu instinto por liberdade só aumenta quando ele conhece Harry Tuttle (Robert De Niro), aquele que resolveu ser responsável por suas próprias ações, sendo um fugitivo, renegando o controle exercido pelo Governo.
