Um dos filmes mais aguardados do ano, "Dunkirk" pode ser a grande chance do diretor Christopher Nolan no Oscar, que realiza aqui seu filme mais próximo ao que a Academia costuma aclamar. Diferente de seus trabalhos anteriores, este é menos entretenimento, porém, ainda assim, uma experiência cinematográfica formidável.
por Fernando Labanca

Nolan é daqueles cineastas que vale a pena esperar. Desde que "Dunkirk" foi anunciado, minhas expectativas já estavam altas. Ele erra pouco, é audacioso, pretensioso ao máximo e talvez o diretor mais corajoso ainda em atividade. Não faz nada pela metade. Cada novo filme, um novo tiro. Um novo espetáculo a ser apreciado. Em sua brilhante jornada, que já trouxe obras-primas como "Dark Knight", "Amnésia" e "Inception", Nolan sempre soube trazer um equilíbrio entre entretenimento e inteligência, construindo uma linha interessante de blockbusters de alta qualidade. Apesar de conquistar o público nesses anos, nunca teve espaço no Oscar, mesmo quando seus filmes eram nitidamente melhores que os indicados. Talvez "Dunkirk" quebre esta sua sina. É, definitivamente, seu produto mais refinado. E isso não quer dizer o melhor.