Quando pequenas ideias resultam em grandes filmes.
por Fernando Labanca

O diretor Colin Trevorrow começou sua empreitada no cinema com o singelo e independente Sem Segurança Nenhuma (2012). Um primeiro passo interessante de quem, nitidamente, tinha muito o que dizer. Seu sucesso veio rápido e logo tomou frente da sequência de Jurassic World (2015). Distante do blockbuster, "O Livro de Henry" é uma obra menor, quase como um retorno às origens, mas ainda assim de grandes ideias.
O filme é, praticamente, dividido em duas partes, separadas por um evento desolador e que transforma a vida de seus personagens. É curioso porque no começo não compreendemos aonde a trama pretende chegar ou o que tudo aquilo pretende nos dizer. Quando a reviravolta chega, ao mesmo tempo que nos surpreende por levar o filme para uma direção não prevista, também traz sentido a obra. O lado ruim disso é que a primeira parte é melhor, perdendo o fôlego ao seu decorrer, mesmo que entregue um bom final. Outro ponto negativo é que quando o longa revela suas verdadeiras intenções, acaba prometendo um desfecho grandioso que nunca chega, suas ações são belas mas são finalizadas com muita simplicidade.