
por Fernando Labanca
A trama do filme fora baseada em fatos reais e nos leva ao ano de 1984, na consolidada Parada Gay em Londres, onde um grupo ativista de gays e lésbicas decide juntar dinheiro em prol da greve dos trabalhadores de minas que já estava em andamento. Na época, o governo de Margaret Thatcher estava prestes a avançar com o plano de destruir vinte minas de carvão, e como consequência disso, acabar com empregos e comunidades. Os mineiros, assim como os homossexuais da época, também faziam parte de um grupo minoritário, que precisavam enfrentar não só o governo, mas a mídia e o público em geral. É neste cenário que surge Joe (George MacKay), que acabara de completar vinte anos e frequenta sua primeira Parada, se deparando com estes ativistas que logo o fascinam, se encontra, longe da repressão de sua família. Liderados por Mark (Ben Schnetzer), esse grupo entra em contato com uma pequena comunidade de mineiros no País de Gales, decididos a doar o dinheiro e a voz diante da greve. No entanto, os membros deste pequeno vilarejo não se sentem confortáveis em receber apoio de gays e lésbicas, apesar de necessitarem de ajuda, o choque com essas pessoas vai contra a tudo o que acreditavam.


É difícil ver uma obra com um olhar mais "crítico", quando ela oferece tanta coisa boa. "Pride" é lindo. Do começo ao fim ele te leva para uma viagem intensa, cheia de cores e ritmo, personagens cativantes e diálogos que inspiram. É prazeroso demais de acompanhar, é cheio de vida e de boas sensações, que vai muito além daquele antigo discurso de "a união faz a força", é sobre união sim, mas é também sobre esta inusitada amizade entre dois grupos marginalizados, sobre como um ato de solidariedade, que não se vê cor, crença ou opção sexual, conseguiu mudar a história. É um daqueles filmes que nos faz querer lutar por algo importante, simplesmente pelo fato dele nos lembrar o que nos faz humanos. É comovente esta batalha travada por cada indivíduo ali na tela, seus discursos e tudo aquilo que os movem, mesmo quando todos ao redor estão prontos para vê-los caindo. Se torna inspirador quando tudo o que eles tem é voz, força de vontade, respeito, amor ao próximo, até mesmo daqueles que desconhecem e uma boa dose de amor próprio. Porque a vida é curta demais para não sentirmos orgulho de nós mesmos.


NOTA: 10
Duração: 119 minutos
Distribuidor: California Filmes
Diretor: Matthew Warchus
Roteiro: Stephen Beresford
Elenco: George MacKay, Ben Schnetzer, Dominic West, Paddy Considine, Imelda Staunton, Bill Nighy, Andrew Scott
Lindo o filme!!! Dá vontade de sair do sofá e lutar... Amar... Existir!
ResponderExcluirCom certeza! Um filme muito inspirador
Excluirmaravilhoso esse filme. gostei principalmente por não haver exageros, e acredito que se todos não cometessem tantos exageros, não extrapolassem, ninguem cometeria homofobia, todo mundo respeitaria, não haveria diferenças....nesse filme dá pra ver muito bem isso, lindo ver a união de 2 grupos que inicialmente diferentes demais, pra se unirem maravilhosamente num momento de ajuda. Perfeito e sempre me emociono com essa historia. Atores escolhido a dedo.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Celia! Realmente é um filme muito emocionante, também gosto muito da mensagem dele e da forma como eles passaram isso. E sim, os atores foram muito bem escolhidos, todos são ótimos!
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