
por Fernando Labanca
O diretor espanhol J.A. Bayona chamou a atenção de Hollywood com o excelente terror "O Orfanato" (2007). Anos depois comandou o drama "O Impossível" (2012), provando um talento por trás de histórias fortes, conseguindo ainda usufruir de forma eficiente ótimos efeitos visuais. Enquanto se assiste este seu novo trabalho, não resta dúvidas de que ele - vencedor do prêmio de Melhor Direção no último Goya - era o profissional ideal para dar vida a uma trama tão especial e ainda assim, de inúmeras dificuldades. Nada é fácil aqui e o diretor (e toda sua fantástica equipe) conseguiu criar soluções inovadoras, sem jamais esquecer a beleza de cada instante e o impacto que tudo aquilo teria naquele que assiste. A verdade é que existe beleza em cada frame, em cada personagem, em cada diálogo. É aquele produto feito puramente de coração e isso nos atinge de forma intensa, porque nada ali soa gratuito ou sem um grande conceito por trás. Tudo vem de forma honesta e profunda. Acima de qualquer avaliação que o filme vem a receber, estamos diante de algo lindo, mágico e inspirador.