
Por uma realidade menos dolorosa.
por Fernando Labanca

O filme brinca com a possibilidade de seres humanos elevados, após um “upgrade” na consciência. O protagonista acaba sendo parte de uma experiência que faz com que tenha força e inteligência muito além do comum. Ao início, somos apresentados a uma versão um tanto quanto fria do futuro. A vida das pessoas se tornou extremamente prática devido ao excesso de aplicativos que tomou conta por completo de ações rotineiras. Longe de tudo isso e contra a esse controle das grandes empresas de tecnologia vive Grey Trace (Logan Marshall-Green), que após sofrer um terrível ataque, onde perde sua esposa e o torna paralítico, aceita ser cobaia deste teste que o faz ter poderes sobre-humanos, não apenas para recuperar os movimentos de seu corpo mas, principalmente, por colocar em prática sua vingança.


Este cenário distópico criado nos convence por não ser tão distante do que vivemos hoje e por revelar um futuro completamente possível, diante da nossa total dependência da tecnologia para todos as nossas ações. Os bons efeitos visuais e todo o design de produção tornam esta ideia ainda mais crível. Vale lembrar, ainda, a montagem do filme, que entrega sequências eletrizantes de ação, muito bem coreografadas e filmadas, dando a curiosa sensação de que realmente o protagonista está sendo controlado por uma força maior. Aliás, destaque para a excelente atuação de Logan Marshall-Green que, mesmo sem perder o humor, traz uma carga dramática necessária para a composição de seu personagem.

NOTA: 8
Me deu curiosidade de assistir
ResponderExcluirVale a pena conhecer, Marcelo!
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