quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Um resumo do cinema em 2017


Mais um ano chegando ao fim e é aquela época que começam a chegar aquelas famosas listas do que houve de melhor. Já é uma tradição aqui no blog relembrar os grandes destaques, mas pela primeira vez, antes de soltar as listas, decidi escrever um texto com um resumo de 2017.

Um resumo para relembrarmos o que deu certo e o que não deu durante esses doze meses que passaram! O que teve de bom, o que teve de ruim e o que se destacou e merece, de alguma forma, ser lembrado. Vamos lá!

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Crítica: Logan Lucky - Roubo em Família (Logan Lucky, 2017)

O diretor Steven Soderbergh (Onze Homens e Um Segredo, Magic Mike) chegou a declarar recentemente que se aposentaria do cinema. Sorte a nossa que ele voltou atrás e decidiu que “Logan Lucky” precisava ser feito. Apesar do tom descompromissado da obra, temos aqui o melhor do diretor em muito tempo, que entrega uma comédia refinada, inteligente e de excelente ritmo.

por Fernando Labanca

Há uma pegada dos Irmãos Coen presente aqui e aquela já conhecida “comédia de erros”. Na tela, acompanhamos a história de um furto gigantesco e que tinha tudo para dar errado, onde a comicidade da situação nasce quando o evento é liderado por dois indivíduos bastante improváveis. Dois irmãos caipiras, Jimmy Logan (Channing Tatum) e Clyde (Adam Driver), que decididos a ter em mãos uma bolada que salvaria suas vidas tão pacatas, se aliam ao bandido Joe Bang (Daniel Craig), especialista em explosivos, para roubar o dinheiro existente nas lucrativas corridas do autódromo local. No entanto, para que o plano seguisse, eles precisariam elaborar um outro plano tão mirabolante quanto...resgatar o tal aliado da prisão.


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Crítica: O Livro de Henry


Quando pequenas ideias resultam em grandes filmes. 

por Fernando Labanca

O diretor Colin Trevorrow começou sua empreitada no cinema com o singelo e independente Sem Segurança Nenhuma (2012). Um primeiro passo interessante de quem, nitidamente, tinha muito o que dizer. Seu sucesso veio rápido e logo tomou frente da sequência de Jurassic World (2015). Distante do blockbuster, "O Livro de Henry" é uma obra menor, quase como um retorno às origens, mas ainda assim de grandes ideias. 

O filme é, praticamente, dividido em duas partes, separadas por um evento desolador e que transforma a vida de seus personagens. É curioso porque no começo não compreendemos aonde a trama pretende chegar ou o que tudo aquilo pretende nos dizer. Quando a reviravolta chega, ao mesmo tempo que nos surpreende por levar o filme para uma direção não prevista, também traz sentido a obra. O lado ruim disso é que a primeira parte é melhor, perdendo o fôlego ao seu decorrer, mesmo que entregue um bom final. Outro ponto negativo é que quando o longa revela suas verdadeiras intenções, acaba prometendo um desfecho grandioso que nunca chega, suas ações são belas mas são finalizadas com muita simplicidade.  


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Crítica: De Canção em Canção (Song to Song, 2017)

Terrence Malick retorna para discutir sobre o vazio existencial de seus personagens. Peca, novamente, ao cair na própria armadilha, logo que "De Canção em Canção" é tão oco quando aqueles indivíduos que acompanhamos na tela e tão esquecível quanto os últimos trabalhos do diretor. 

por Fernando Labanca

Alguém precisa realizar uma intervenção com Malick. Urgentemente. Responsável por obras-primas do cinema como "Além da Linha Vermelha" (1998), o diretor que por anos se manteve afastado realizou um retorno surpreendente em 2011 quando lançou o belíssimo "A Árvore da Vida". O que ninguém esperava, porém, é que ele se esgotaria ali. Tudo o que veio após não passou de uma repetição de ideias, temas e personagens. Desta forma, "Song to Song" nada mais é que uma extensão de "Amor Pleno" (2012) e principalmente de "Cavaleiro de Copas" (2015), com indivíduos filosofando sobre a vida - em uma interminável narração em off -, pronunciando pérolas como "Estou perdida / Achava que não tinha mais alma", enquanto caminham desolados a lugar algum, sentindo o peso do mundo sob seus ombros. Ou seja, Malick sendo Malick...e ninguém aguenta mais isso, ninguém mais pede por isso. E afirmo com bastante frustração, pois se trata de um dos meus diretores favoritos.


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Meu Nome é Ray (3 Generations, 2015)

Elle Fanning surge irreconhecível para contar a história de um garoto trans. A ideia, que sempre pareceu tão incrível, decepciona quando o que vemos a nossa frente é apenas um filme fraco, preguiçoso e sem personalidade alguma. 

por Fernando Labanca

A trajetória do longa metragem é bastante curiosa. Lançado em festivais em 2015 com o título "About Ray", as críticas não foram muito favoráveis o que fez com que a diretora, Gaby Dellal, tivesse uma decisão bastante arriscada: reeditar seu filme. Logo, depois de tantas datas de lançamento serem alteradas e com um novo nome, passando a se chamar "3 Generations", a obra que já era bastante aguardada devido seu promissor trailer, caiu no esquecimento. Inclusive, aqui no Brasil, sua estréia sempre foi incerta e anos depois, finalmente, chegou apenas na Netflix. Depois dessa demora para podermos conferir "Meu Nome é Ray", a decepção é grande. Não é nada do que parecia ser. Se isso foi resultado de sua reedição, jamais saberemos. O que é nítido, apenas, é que ele está muito abaixo do esperado.


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