Filha do gênio Francis Ford Coppola, a jovem diretora provou que tem comepetência para estar entre os grandes nomes de Hollywood, não por ser simplesmente filha de uma grande diretor, mas por um talento próprio. Depois de uma tentaiva frustada em se tornar atriz entre as décadas de 70 e 90( e isso envolve Framboesas de Ouro e tudo o mais) , Sofia resolveu permanecer no cinema, mas de outra forma, dirigindo, e hoje agradecemos sua escolha, pois é sim, uma das melhores diretoras da atualiadade e em uma pequena filmografia provou que pode ir muito longe. Mostrando sempre uma visão feminina sobre diversos fatos, filmando com delicadeza e muita simplicidade, Sofia construiu quatro pequenas obras-primas, e antes de comentar seu mais recente trabalho, "Um Lugar Qualquer", lembrarei seus belos trabalhos anteriores...
por Fernando Labanca
As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides, 1999)
Começou muito bem, e hoje, olhando para trás, foi sua melhor obra! Baseado no livro de Jeffrey Eugenides, o filme conta um grande acontecimento na vida de quatro garotos na década de 70, quando conheceram as cinco filhas da família Lisbon. Loiras, belas, com um ar de inocência e ao mesmo tempo, mistério: Cecilia, Lux, Bonnie, Mary e Theresa.
As garotas viviam sobre o forte conservadorismo de seus pais, eis que a mais nova, Cecilia tenta suicidio, mas não dá certo, assustando seus pais que resolvem integrá-las a comunidade, fazendo elas se socializarem acreditando que este era o problema. Mas numa festa, Cecilia tenta novamente e conclui com secesso seu plano e morre. Para desepero dos pais que passam a ser mal vistos pelas outras famílias.
Aproveitando a liberdade, Lux (Kirsten Dusnt, incrível), a mais rebelde, passa a se relacionar com o bonitão do colégio (Josh Hartnett) e perde sua virgindade, mas é abandonada e ao chegar tarde em casa, ela e suas irmãs passam a ser punidas de forma cruel, passam a ser prisioneiras na própria casa, é quando resolvem se comunicar por sinais com os vizinhos, os quatro garotos que as idolatravam, eram suas heroínas, tentaram durante anos resolver os mistérios que rondavam a casa das Lisbon.
Um filme intrigante, assustador, melancólico, mas ao mesmo tempo, belo e sensível. Sofia Coppola consegue com competência nos trasportar para a época, nos envolver com as jovens assim como aqueles garotos, e apesar do modo feminino e delicado de mostrar os acontecimentos, conhecemos a história pelo olhar dos meninos, portanto algumas perguntas não são respondidas, mas também, como compreender o suicidio? Como entender as mentes complicadas das adolescentes, que assim como dito certa hora, "as meninas era mulheres disfarçadas que entendiam o amor e até a morte". Vale ressaltar algumas árvores que durante o filme são cortadas, que de acordo com a prefeitura estavam mortas, e assim como aqueles que cortavam os troncos, impedindo que a natureza fizesse o trabalho completo, os pais Lisbon também impediram, de certa forma, que suas filhas seguissem o curso natural das coisas.
Belíssima fotografia, ótimo roteiro e destaque também para a trilha sonora, sempre o ponto alto de seus filmes. Kirsten Dunst está ótima, a melhor atuação do filme, apesar dos poucos diálogos, a atriz é notável.
NOTA: 9.0
Encontros e Desencontros (Lost in Translation, 2003)
Rodado em apenas alguns dias, o filme foi uma revelação em 2003, ganhando o Oscar de Melhor Roteiro Original, além de 3 Globos de Ouro e 3 Baftas. Conta com Scarlett Johansson e Bill Murray nos papeis principais, ainda conta com participações de Anna Faris e Giovanni Ribisi.
Conhecemos um ator decadente, Bob Harris (Murray), norte-americano que passa uma temporada em Tóquio para gravar um comercial, se sente solitário neste mundo desconhecido, um completo estranho, além do vazio de sua vida pessoal, um péssimo marido e um pai ausente. Não muito longe na grande cidade, uma bela moça (Johansson), vive isolada em seu apartamento a espera de seu marido (Ribisi) que trabalha e ambos vivem um relacionamento vago, aquele que já caiu na rotina.
Perdida neste mundo, onde a língua e os costumes são outros, passa a enxergar sua vida de outra maneira após conhecer Bob. Ambos se unem, para combater a solidão e o vazio que sentem de suas vidas, e passam a ver Tóquio em outras cores, descobrem novos lugares e assim nasce uma amizade sincera, não uma paixão, mas uma relação de companheirismo, de carinho.
Sofia Coppola surpreende como diretora, criando mais uma pequena obra-prima, com trilha sonora eficiente, e boas locações, cenas belas aos olhos e mais uma vez, poucos diálogos, onde a imagem fala por si, e o silêncio, logo se subentende, o vazio das personagens. Em alguns minutos de filme, o roteiro nos mostra essa sincera relação, e nos faz refletir sobre o vazio que pode ser a vida, sobre nossas vidas que muitas vezes não fazem o menor sentido.
Bill Murray em um dos melhores momentos de sua carreira e a revelação de Scarlett Johansson, que se encaixou perfeitamente em sua personagem e também marca um momento notável de sua belíssima trajetória como atriz. O longa perde alguns pontos pela lentidão, pela monotonia e pela falta de ritmo de algumas sequências.
NOTA: 7.0
Maria Antonieta (Marie Antoineitte, 2006)
Mais uma vez contando com Kirsten Dunst como protagonista, o filme dividiu opiniões entre os críticos, onde grande parte deles o julgaram como algo vazio de conteúdo, sem nenhuma relação com a história e principalmente pela inserção de uma trilha sonora completamente fora de época, o inddie rock!
Ao som de Natural's Not In It da banda Gang of Four, conhecemos Maria Antonieta, com seus belos vestidos e cabelos empecáveis e muita maquiagem. Para manter uma relação política e cultural entre Austria e França, a austríaca Maria é levada aos 15 anos para o Palácio de Versalhes para conhecer seu mais novo pretendente, Luis XVI (Jason Schwartzman), o príncipe até então. Aos se casar adolescente, ela passa a ser mal vista pela alta sociedade por não dar ao filho do Rei um herdeiro e passa a sofrer grande pressão do todos ao seu redor. Aos 19 anos vira rainha, quando Luis XV morre, enquanto isso, a França passa por grandes problemas sociais.
Mas uma jovem no poder, o que ela mais esperaria de sua vida? Maria Antonieta queria era as festas, maquiadores ao seu dispor, muitas e muitas roupas, ousar em seu modo de vestir e em seus cortes de cabelo, além disso, viver a vida com tudo o que ela acreditava ter direito, com tudo com que seu dinheiro pudesse comprar.
Basicamente o filme é isto. Assistimos as ilusões de uma vida perfeita de Antonieta e o longa de Sofia não prende nos problemas que o pais enfrentava, nem nas guerras que aconteciam, o foco é somente a superficialidade deste mundo e aqui ela não perdoa e mostra um retrato que pouco se viu nos cinemas, em filmes de época, Sofia nos mostra a futilidade desta vida e as falsas relações que todos mantinham.
Ao meu ver, o mais ousado filme de época que vi, Sofia faz sua visão da história, pega um acotecimento real e faz sua releitura, não uma cópia de outro filme de época já feito, um projeto único e muito original. A trilha sonora composta por ótimas bandas como The Strokes, New Order e The Cure, faz uma incrível metáfora a vida de Maria, uma jovem que estava no lugar errado, não pertencia aquele tempo, não pertencia aquela vida. Destaque para o incrível figurino que venceu o Oscar, além de um design de produção riquíssimo, cenários, maquiagem, fotografia, tudo em perfeito estado.
NOTA: 7.5
Um Lugar Qualquer (Somewhere, 2010)
Vencedor do Leão de Ouro como Melhor Filme no Festival de Veneza e um grande sucesso aqui no Brasil na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo ano passado. Sofia Coppola retoma o mesmo estilo que a consagrou, repetindo as mesmas fórmulas de "Encontros e Desencontros".
Johnny Marco (Stephen Dorff) é um ator bem sucedido de Hollywood, e após sofrer um acidente nos set de filmagem, quebrando um braço, passa uns dias de repouso no hotel Chateau Marmont. Com uma péssima reputação, separado de sua esposa e um pai ausente, passa as horas com toda a futilidade que o mundo de Hollywood pode oferecer, jogos eletrônicos, novas roupas e strippers ao seu dispor.
Eis que sua rotina é abalada com a presença de sua filha de 11 anos Cleo (Elle Fanning), que passa a frequentar seu apartamento com bastante frequência. Ele a deixa entrar em sua vida, e a jovem passa a acompanhá-lo em sua vazia rotina, dias na beira de uma piscina, comida nos mais requintados restaurantes, festivais, premiações, divulgação de trabalho. Mas nem tudo permanece a mesma coisa, com a aproximação da filha, Johnny passa a refletir sobre suas escolhas, sobre os rumos que seguiu e percebe que ser um pai de verdade, pode enfim lhe trazer algum sentido para sua vida vazia.
Poucos diálogos, filme rápido, objetivo. Uma sequência de belas imagens ao som de músicas de qualidade como Foo Fighters e The Strokes. Assistimos como um video caseiro toda a rotina deste astro do cinema, aquele ser que todos idolatram, mas ninguém sequer imagina o quão sem sentido pode ser sua vida. Assistimos a bela e sensível relação que nasce dessas duas pessoas, pai e filha, em sequências ás vezes até que divertidas outras até que emocionantes, como o final.
Stephen Dorff entra na brincadeira de Sofia e interpreta com competência seu Johnny Marco, acreditamos em seu sucesso externo e sua decadência pessoal, diverte com suas expressões e se mostra um ator interessante pouco explorado por Hollywood e depois deste filme, digo, com toda certeza, um talento desperdiçado e este é sim, um de seus melhores trabalhos como ator. Elle Fanning é uma grata revelação, depois de participar de grandes projetos como "Babel" e "O Curioso Caso de Banjamin Button", a atriz se mostra bem a vontade, natural e constrói ao lado de Dorff uma bela química.
Mesmo indo contra a muitas pessoas que acompanham a carreira da diretora, acredito que "Um Lugar Qualquer" apesar das inúmeras semelhanças com "Lost in Translation", seja ainda melhor que seu trabalho de 2003. Consegue ir mais ao ponto, conclui melhor, e mesmo tendo menos diálogos, os poucos que existem, são mais impactantes e mais expressivos. Um belo filme, divertido, encantador e emocionante. Daqueles que a gente assiste e tem a vontade de levar para casa.
NOTA: 8,5
As garotas viviam sobre o forte conservadorismo de seus pais, eis que a mais nova, Cecilia tenta suicidio, mas não dá certo, assustando seus pais que resolvem integrá-las a comunidade, fazendo elas se socializarem acreditando que este era o problema. Mas numa festa, Cecilia tenta novamente e conclui com secesso seu plano e morre. Para desepero dos pais que passam a ser mal vistos pelas outras famílias.
Aproveitando a liberdade, Lux (Kirsten Dusnt, incrível), a mais rebelde, passa a se relacionar com o bonitão do colégio (Josh Hartnett) e perde sua virgindade, mas é abandonada e ao chegar tarde em casa, ela e suas irmãs passam a ser punidas de forma cruel, passam a ser prisioneiras na própria casa, é quando resolvem se comunicar por sinais com os vizinhos, os quatro garotos que as idolatravam, eram suas heroínas, tentaram durante anos resolver os mistérios que rondavam a casa das Lisbon.
Um filme intrigante, assustador, melancólico, mas ao mesmo tempo, belo e sensível. Sofia Coppola consegue com competência nos trasportar para a época, nos envolver com as jovens assim como aqueles garotos, e apesar do modo feminino e delicado de mostrar os acontecimentos, conhecemos a história pelo olhar dos meninos, portanto algumas perguntas não são respondidas, mas também, como compreender o suicidio? Como entender as mentes complicadas das adolescentes, que assim como dito certa hora, "as meninas era mulheres disfarçadas que entendiam o amor e até a morte". Vale ressaltar algumas árvores que durante o filme são cortadas, que de acordo com a prefeitura estavam mortas, e assim como aqueles que cortavam os troncos, impedindo que a natureza fizesse o trabalho completo, os pais Lisbon também impediram, de certa forma, que suas filhas seguissem o curso natural das coisas.
Belíssima fotografia, ótimo roteiro e destaque também para a trilha sonora, sempre o ponto alto de seus filmes. Kirsten Dunst está ótima, a melhor atuação do filme, apesar dos poucos diálogos, a atriz é notável.
NOTA: 9.0
Encontros e Desencontros (Lost in Translation, 2003)
Rodado em apenas alguns dias, o filme foi uma revelação em 2003, ganhando o Oscar de Melhor Roteiro Original, além de 3 Globos de Ouro e 3 Baftas. Conta com Scarlett Johansson e Bill Murray nos papeis principais, ainda conta com participações de Anna Faris e Giovanni Ribisi.
Conhecemos um ator decadente, Bob Harris (Murray), norte-americano que passa uma temporada em Tóquio para gravar um comercial, se sente solitário neste mundo desconhecido, um completo estranho, além do vazio de sua vida pessoal, um péssimo marido e um pai ausente. Não muito longe na grande cidade, uma bela moça (Johansson), vive isolada em seu apartamento a espera de seu marido (Ribisi) que trabalha e ambos vivem um relacionamento vago, aquele que já caiu na rotina.
Perdida neste mundo, onde a língua e os costumes são outros, passa a enxergar sua vida de outra maneira após conhecer Bob. Ambos se unem, para combater a solidão e o vazio que sentem de suas vidas, e passam a ver Tóquio em outras cores, descobrem novos lugares e assim nasce uma amizade sincera, não uma paixão, mas uma relação de companheirismo, de carinho.
Sofia Coppola surpreende como diretora, criando mais uma pequena obra-prima, com trilha sonora eficiente, e boas locações, cenas belas aos olhos e mais uma vez, poucos diálogos, onde a imagem fala por si, e o silêncio, logo se subentende, o vazio das personagens. Em alguns minutos de filme, o roteiro nos mostra essa sincera relação, e nos faz refletir sobre o vazio que pode ser a vida, sobre nossas vidas que muitas vezes não fazem o menor sentido.
Bill Murray em um dos melhores momentos de sua carreira e a revelação de Scarlett Johansson, que se encaixou perfeitamente em sua personagem e também marca um momento notável de sua belíssima trajetória como atriz. O longa perde alguns pontos pela lentidão, pela monotonia e pela falta de ritmo de algumas sequências.
NOTA: 7.0
Maria Antonieta (Marie Antoineitte, 2006)
Mais uma vez contando com Kirsten Dunst como protagonista, o filme dividiu opiniões entre os críticos, onde grande parte deles o julgaram como algo vazio de conteúdo, sem nenhuma relação com a história e principalmente pela inserção de uma trilha sonora completamente fora de época, o inddie rock!
Ao som de Natural's Not In It da banda Gang of Four, conhecemos Maria Antonieta, com seus belos vestidos e cabelos empecáveis e muita maquiagem. Para manter uma relação política e cultural entre Austria e França, a austríaca Maria é levada aos 15 anos para o Palácio de Versalhes para conhecer seu mais novo pretendente, Luis XVI (Jason Schwartzman), o príncipe até então. Aos se casar adolescente, ela passa a ser mal vista pela alta sociedade por não dar ao filho do Rei um herdeiro e passa a sofrer grande pressão do todos ao seu redor. Aos 19 anos vira rainha, quando Luis XV morre, enquanto isso, a França passa por grandes problemas sociais.
Mas uma jovem no poder, o que ela mais esperaria de sua vida? Maria Antonieta queria era as festas, maquiadores ao seu dispor, muitas e muitas roupas, ousar em seu modo de vestir e em seus cortes de cabelo, além disso, viver a vida com tudo o que ela acreditava ter direito, com tudo com que seu dinheiro pudesse comprar.
Basicamente o filme é isto. Assistimos as ilusões de uma vida perfeita de Antonieta e o longa de Sofia não prende nos problemas que o pais enfrentava, nem nas guerras que aconteciam, o foco é somente a superficialidade deste mundo e aqui ela não perdoa e mostra um retrato que pouco se viu nos cinemas, em filmes de época, Sofia nos mostra a futilidade desta vida e as falsas relações que todos mantinham.
Ao meu ver, o mais ousado filme de época que vi, Sofia faz sua visão da história, pega um acotecimento real e faz sua releitura, não uma cópia de outro filme de época já feito, um projeto único e muito original. A trilha sonora composta por ótimas bandas como The Strokes, New Order e The Cure, faz uma incrível metáfora a vida de Maria, uma jovem que estava no lugar errado, não pertencia aquele tempo, não pertencia aquela vida. Destaque para o incrível figurino que venceu o Oscar, além de um design de produção riquíssimo, cenários, maquiagem, fotografia, tudo em perfeito estado.
NOTA: 7.5
Um Lugar Qualquer (Somewhere, 2010)
Vencedor do Leão de Ouro como Melhor Filme no Festival de Veneza e um grande sucesso aqui no Brasil na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo ano passado. Sofia Coppola retoma o mesmo estilo que a consagrou, repetindo as mesmas fórmulas de "Encontros e Desencontros".
Johnny Marco (Stephen Dorff) é um ator bem sucedido de Hollywood, e após sofrer um acidente nos set de filmagem, quebrando um braço, passa uns dias de repouso no hotel Chateau Marmont. Com uma péssima reputação, separado de sua esposa e um pai ausente, passa as horas com toda a futilidade que o mundo de Hollywood pode oferecer, jogos eletrônicos, novas roupas e strippers ao seu dispor.
Eis que sua rotina é abalada com a presença de sua filha de 11 anos Cleo (Elle Fanning), que passa a frequentar seu apartamento com bastante frequência. Ele a deixa entrar em sua vida, e a jovem passa a acompanhá-lo em sua vazia rotina, dias na beira de uma piscina, comida nos mais requintados restaurantes, festivais, premiações, divulgação de trabalho. Mas nem tudo permanece a mesma coisa, com a aproximação da filha, Johnny passa a refletir sobre suas escolhas, sobre os rumos que seguiu e percebe que ser um pai de verdade, pode enfim lhe trazer algum sentido para sua vida vazia.
Poucos diálogos, filme rápido, objetivo. Uma sequência de belas imagens ao som de músicas de qualidade como Foo Fighters e The Strokes. Assistimos como um video caseiro toda a rotina deste astro do cinema, aquele ser que todos idolatram, mas ninguém sequer imagina o quão sem sentido pode ser sua vida. Assistimos a bela e sensível relação que nasce dessas duas pessoas, pai e filha, em sequências ás vezes até que divertidas outras até que emocionantes, como o final.
Stephen Dorff entra na brincadeira de Sofia e interpreta com competência seu Johnny Marco, acreditamos em seu sucesso externo e sua decadência pessoal, diverte com suas expressões e se mostra um ator interessante pouco explorado por Hollywood e depois deste filme, digo, com toda certeza, um talento desperdiçado e este é sim, um de seus melhores trabalhos como ator. Elle Fanning é uma grata revelação, depois de participar de grandes projetos como "Babel" e "O Curioso Caso de Banjamin Button", a atriz se mostra bem a vontade, natural e constrói ao lado de Dorff uma bela química.
Mesmo indo contra a muitas pessoas que acompanham a carreira da diretora, acredito que "Um Lugar Qualquer" apesar das inúmeras semelhanças com "Lost in Translation", seja ainda melhor que seu trabalho de 2003. Consegue ir mais ao ponto, conclui melhor, e mesmo tendo menos diálogos, os poucos que existem, são mais impactantes e mais expressivos. Um belo filme, divertido, encantador e emocionante. Daqueles que a gente assiste e tem a vontade de levar para casa.
NOTA: 8,5
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