terça-feira, 26 de maio de 2015

Especial Mad Max



Nunca tive uma ligação muito forte com a saga "Mad Max", a única lembrança que tinha era das chamadas do SBT, com a presença de Mel Gibson e da Tina Turner em algumas sequências de ação, ao som de "We Don't Need Another Hero". Portanto, quando soube que estava para lançar mais um novo filme, também não liguei...até ver o trailer de "Mad Max: Estrada de Fúria". Foi quando compreendi que havia algo de interessante ali, algo a ser visto. Curioso por todo aquele universo que presenciei durante poucos minutos, resolvi dar uma chance aos capítulos anteriores e agora estou aqui, escrevendo sobre o que vi, pensando naqueles que admiram este clássico e pensando também, naqueles, assim como eu, que não faziam ideia de que já haviam sido feitos 3 longas-metragens, sendo o último deles, lançado há exatos 30 anos atrás.

por Fernando Labanca




MAD MAX (Mad Max,1979)


Lançado em 1979, o primeiro da saga foi um marco. Como sendo um nome forte até hoje, podemos afirmar que sim, "Mad Max" é um clássico. E é muito perceptível, logo nas primeiras sequências de que se trata de um produto de extrema qualidade e que é digno deste título. Tudo é muito grandioso na tela, numa época em que não haviam tantas referências a se seguir, e por isso vejo o quão George Miller foi corajoso. Este foi, apenas seu primeiro trabalho dirigindo um longa-metragem e de repente ele estava ali, criando um universo novo, sendo a referência, construindo sequências de extremo vigor, violentas e uma ação desenfreada que pouco se conhecia em 79. E não estamos falando de Hollywood, estamos falando de um cinema mais distante, o australiano.

A trama de "Mad Max" é bem simples. Nos apresentam um futuro distante, pós-apocalíptico, devido algum evento não explicado, vemos um local devastado, desértico, sem lei. O dinheiro não tem mais valor, os velhos costumes e tradições foram esquecidos, nascendo assim, uma nova sociedade, procurando novas formas de se adaptarem aquele novo mundo, o mundo onde combustível é visto como ouro, é ele que alimenta os veículos, e assim eles vivem nas estradas, o local onde podem fugir para procurar algum local mais digno, ou como muitos preferem, o local onde podem construir seus reinados, através do medo e da violência. É deste modo que surgem os motoqueiros que procuram o caos, a loucura dominou suas mentes e vivem como seres selvagens, destruindo o que veem pela frente.

Entretanto, ainda existem aquelas pessoas a procura da ordem e a polícia do local, conhecidos como "bronze", ainda luta para reerguer o velho mundo. Eles acreditam que são os heróis e são esses heróis que salvarão a população deste caos. Dentre eles, está Max (Mel Gibson, em um dos seus primeiros papéis do cinema), que com seu distintivo, vai às estradas destruir o reinado dos motoqueiros, que agora surge com uma nova gangue de psicopatas liderados por Toecutter (Hugh Keays-Byrne). Tudo muda quando, a gangue mata um dos policias e amigo de Max, Goose (Steve Bisley), o que o faz compreender que não existem heróis e que para deter seres como aqueles que dominam as estradas, ele precisaria aderir o mesmo nível de violência, abanando seu distintivo, sendo assim, louco como eles.


"Estou com medo. Sabe por quê? Estou começando a gostar daquele circo lá fora. 
Se eu continuar na estrada, fico como eles. Louco de pedra."


Neste capítulo é quando conhecemos também a mulher de Max, interpretada por Joanne Samuel. Ela está presente em bons momentos de suspense do longa, instantes em que conhecemos o lado mais sádico de seus vilões. Ela acaba sendo assassinada junto com seu pequeno filho, o que enfim deixa seu protagonista "mad/louco", pronto para vingar o acontecimento e é justamente por este evento que ele passa a caminhar sozinho. Por falar nos vilões, Toecutter é uma das criaturas mais marcantes de toda a saga, com atitudes bizarras e um olhar sinistro, ele provoca o caos, aliás, o ator Hugh Keays-Bisley convenceu tanto que retorna neste novo filme, interpretando um outro personagem. Além da boa dose de suspense, "Mad Max" revoluciona o modo de se fazer uma obra de ação, as cenas de perseguição nas estradas são de tirar o fôlego e como na época, não havia os exageros de efeitos como hoje, vemos um cinema limpo, as sequências são bem reais e chocam por isso.

O filme é composto por pouquíssimos diálogos, grande parte do longa é dedicado às sequências de ação. São perseguições, violência, sangue num cenário pós-apocalíptico, áreas vastas de deserto, então o que vemos na tela são basicamente estradas, carros envenenados e combates motorizados e claro, vilões bizarros com um visual mais excêntrico que o outro. Com produção de Byron Kennedy - que fundou ao lado de George Miller a produtora Kennedy-Miller Productions, presentes em todos os filmes dirigidos por Miller - e que, infelizmente, acabou falecendo antes de realizar o terceiro filme. Toda a produção merece destaque, com referências ao neo-punk, seus figurinos, cenários e seus veículos são dignos de admiração. O que chama a atenção também é sua trilha sonora, composta por Brian May, apesar de ser um pouco exagerada, enaltecendo cada instante mais do que o necessário, no geral, realiza um ótimo trabalho. Aliás, "Mad Max" peca por alguns exageros visuais também, como quando os olhos dos vilões saltam pouco antes de qualquer explosão ou quando, do nada, surgem corvos no meio da tela assim que alguém morre, nada sutil. Mas alguns desses detalhes, a gente releva quando tem a ciência de que se trata de um filme de ação de 79.

Algo que me incomodou um pouco também nesta primeira parte da saga, foi sua curta duração, obrigando, desta forma, algumas situações serem resolvidas de forma muito rápida, como a vingança de Max que poderia ter sido muito melhor trabalhada, acaba que acontecendo em pouquíssimos minutos, perdendo a chance de construir um bom clímax. O roteiro, assinado por Miller ao lado de James McCausland, acerta e muito, porém, tanto nos diálogos, que apesar de serem poucos, são ótimos e dão conta de construir e desenvolver os personagens como na construção de todo o universo, que é muito sólido, consistente e real. Em suma, um filme que me surpreendeu e muito, esperava um filme tosco e vazio de ação, entretanto, encontrei uma obra rica, muito bem pensada e extremamente bem dirigida, talvez essa seja uma das coisas boas de Miller ressuscitar sua ideia, nos instiga a ver o que foi feito tantos anos atrás e esse resgate vale muito a pena. Aliás, os diretores que hoje fazem filme de ação, deveriam rever essas obras também, há muito o que aprender com elas que são, de longe, muito mais interessantes do que é feito, no gênero, atualmente.

NOTA: 8





MAD MAX 2: A CAÇADA CONTINUA (The Road Warrior, 1981)

Dois anos depois, ainda sob o comando de George Miller, o longa é considerado por alguns críticos como um dos melhores filmes de 81 e até hoje é visto, por muitos fãs, como o melhor filme da saga. Sim, já confesso que este segundo é também meu favorito dentre os três.

Nesta segunda parte, existem claras diferenças na narrativa. A primeira delas é que a trama é narrada por um personagem - que só descobrimos em seu final - portanto a trajetória de Max passa a ser mostrada em terceira pessoa. Ao mesmo tempo em que isso quebra um pouco a construção da história, logo que é algo que não existe no primeiro e também não retorna no terceiro, também traz algo de positivo, acredito que isso facilite essa identificação de Max como sendo um herói, parece aquele ser distante, caminhando pelas estradas, quase como um ser mitológico, que todos já ouviram falar, mas ninguém tem mais notícias sobre. Outra diferença que eles adotam neste segundo capítulo é a explicação em seu começo, diferente daquele universo pós-apocalíptico do primeiro filme que permanece na dúvida, aqui eles resolvem esclarecer o que houve, relatando de forma até didática, sobre a crise do combustível e a guerra que devastou o mundo.




Max, agora dirigindo seu envenenado V8 Interceptor, viaja a procura de gasolina, é então que no começo de sua jornada ele se depara com o Capitão Gyro (Jesse Spence), que vê em Max, um aliado em potêncial e revela um local onde há um tanque enorme de combustível. Para sorte deles, se deparam com um homem ferido na estrada, habitante deste local que guarda o tanque, e como tudo neste novo mundo funciona através de "negócios", como uma troca de favores ou pertences, Max decide levá-lo de volta para seu grupo em troca de gasolina. Porém, chegando neste local, um enorme complexo protegido por um muro e muitas armas, todos duvidam de sua índole, o fazem de refém e o separa de seu V8. Até que o jogo vira quando o local é cercado pelos Humungos, a gangue de motoqueiros selvagens da vez, que ainda sedentos pela violência e caos, decidem fazer um trato: combustível em troca, os habitantes poderiam sair dali, sem serem assassinados. Percebendo uma chance de se ver livre, Max lança um novo acordo aos moradores do complexo, eles devolveriam seu veículo com a gasolina que ele precisasse, e como favor, os levariam até um caminhão perdido numa estrada, grande o suficiente para carregar o tanque e levá-los para um outro local.

Este segundo filme funciona melhor em diversos fatores. Max, definitivamente, se torna um personagem mais interessante. Mel Gibson continua dando conta do recado e tem carisma necessário para criar esta empatia com ele e aqui, ele ganha contornos mais complexos. Não surge como um ser devastado pelo ocorrido com sua família, surge como um ser vazio, que cansou de compreender a loucura de seu mundo e resolver aceitá-la, incapaz de sentir pena ou criar qualquer laço afetivo. Aliás, é isso o que torna essa segunda parte de sua jornada tão interessante, pois o colocam num cenário muito diferente do que conhecia, quase como um teste, é quando ele se depara com outras pessoas, pessoas que ainda procuram um mundo melhor, é como se ele tivesse finalmente a chance de se afeiçoar novamente, criar uma nova conexão, uma nova sociedade que pode ser sua família, pode ser seu novo lar e é curioso como ele age diante de tudo isso, muito distante mesmo que tão perto. O que funciona muito bem também são os personagens secundários, Capitão Gyro é um alívio cômico bem-vindo e a criança feroz diverte, criando um contraste interessante com Max, entre outros. Os vilões, visualmente, surgem ainda mais bizarros e mais excêntricos que no primeiro filme, entretanto, se cria uma expectativa grande para a presença do Sr.Humungos, mas ele mesmo não faz muito coisa, deixando para seu capanga, Wez (Vernon Wells) fazer todo o trabalho sujo, se destacando bem mais na trama, mas no geral, todos funcionam e todo aquele sadismo e crueldade estão presentes.



"O que está procurando? Qual é, Max! Todo mundo procura alguma coisa. 
Você é feliz aí fora? vagando por aí...um dia se arrastando após o outro? Você é um abutre, Max. 
Você é um parasita, Sabia? Você está se alimentando do cadáver do velho mundo. (...) 
Você acha que é a única pessoa que sofre? Todos nós passamos por isso aqui, mas não desistimos.
Ainda somos seres humanos com dignidade. Mas você, você está lá fora com o lixo."


O roteiro, dessa vez assinado por Miller, Terry Hayes e Brian Hannant, está ainda mais consistente, a história é melhor desenvolvida e de certa forma, até mais interessante, e os diálogos continuam afiados e muito bem escritos. É daquele tipo de filme que nunca sabemos aonde tudo vai acabar, tudo é uma surpresa e é isso o que torna a jornada de Max tão curiosa, nos prendendo a atenção facilmente, pois nunca sabemos qual será o próximo passo. Outro item que surpreende bastante é a morte de personagens com uma certa importância dentro trama, isso já acontecia no primeiro filme e retorna aqui, os roteiristas são bem desapegados aos indivíduos que criam e quando menos se espera, estão mortos. O suspense diminui aqui, é a ação que prevalece, ainda com sequências eletrizantes, muito bem dirigidas por George Miller, os veículos são ainda mais estranhos e com mais detalhes, os figurinos ainda mais espalhafatosos numa espécie de carnaval caótico, onde quanto mais bizarro melhor. Destaque, claro, pela direção de arte que capricha nesses elementos e pela trilha, mais uma vez composta por Brian May.

Em "Mad Max: A Caçada Continua", as intenções de George Miller se tornam ainda mais claras, é sobre este Guerreiro das Estradas, aquele ser indestrutível, incorruptível, que perdeu demais para se reerguer, mas é forte o bastante para continuar lutando, é o nascimento do herói neste mundo comandado pelos loucos. Mesmo não sendo mais capaz de se unir e se afeiçoar, ainda é muito capaz de se doar aos outros, para salvar a pele daqueles que ainda precisam. Um grande filme, mais uma vez, servindo de referência para o que veio depois, uma sequência muito bem estruturada e muito bem realizada, que torna esta jornada de Max ainda mais interessante, que diverte, entretém e nos faz vibrar com suas ótimas sequências. Um clássico e também, acredito eu, o mais relevante desta primeira trilogia. Está aqui o essencial para compreender o personagem, sua jornada e seu universo.

NOTA: 8,5





MAD MAX: ALÉM DA CÚPULA DO TROVÃO (Mad Max Beyond Thunderdome, 1985)


Há exatos 30 anos atrás, chegava aos cinemas "Além da Cúpula do Trovão". E é este tempo que separa a antiga trilogia com este novo filme lançado recentemente. Há quem ignore esta produção, logo que ela foge bastante do que estava sendo criado até então. O produtor dos dois primeiros filmes, Byron Kennedy faleceu e bastante devastado pelo o ocorrido, George optou por dividir a função da direção, colocando George Ogilvie. Talvez esta seja uma das razões pelo terceiro filme ser tão diferente dos demais, tanto no visual quanto na criação do universo, e sua narrativa também, acaba seguindo um viés mais infantil, diferente daquela ação violenta e caótica, aqui prevalece mais a aventura.

Ainda sem rumo pelas estradas, Max se depara com uma cidade em acensão, uma grande comunidade que tenta restabelecer uma nova ordem, "Bartertown", que tem como lema ajudar a construir um futuro melhor. Procurando por seus camelos, seu novo modo de transporte e que foram roubados, Max acaba provocando uma confusão no local, o que desperta o interesse de Tia Entity (Tina Turner), que comanda Bartertown. É ela quem dita as regras e é ela quem define o que é o melhor para todos, porém, no subsolo da cidade há alguém que está atrapalhando seu reinado, o Master, um anão arrogante que comanda a produção do metano, a nova energia, extraída de bosta de porco, e acredita que por isso, comanda todo o local. Como ele é um anão, usa seu capacho, Blaster, como sua força, usando seu corpo gigantesco para conseguir impor respeito. E é Blaster quem Tia Entity quer destruir e acredita que Max é o indivíduo certo para isso e como diz a lei de Bartertown, todo conflito deve ser resolvido cara a cara na Thunderdome (ou Cúpula do Trovão), onde dois homens entram e um homem sai. No entanto, nada sai como previsto e Max é colocado para fora da cidade, é então que na fuga acaba encontrando uma nova sociedade, de jovens e crianças selvagens, que acreditam que ele é o Capitão Walker, que como dizia uma antiga lenda, seria aquele predestinado a salvá-los.

Quando o roteiro insere seu protagonista em Bartertown, nos deparamos com algo diferente daquilo que estávamos vendo até então nos filmes anteriores, é neste instante que há uma quebra drástica em suas intenções e tudo o que a produção havia trabalhado até ali. Até este momento, não vejo esta quebra como algo negativo, eles colocam a trama em outro patamar, é uma evolução daquele universo e é tudo bastante compreensível, a história ocorrida ali dentro é interessante e dá uma movimentação diferente, longe das estradas, o roteiro se dedica mais aos seus indivíduos, em suas criaturas selvagens e como eles lidam com suas regras primitivas para criarem uma certa ordem que antes não havia. A cidade é bastante curiosa e instigante e a maneira como a produção a desenvolveu chama a atenção, é tudo ainda mais bizarro e mais grotesco. Se destaca também, claro, a presença marcante de Tina Turner, se trata de uma personagem forte e cheia de nuances que eleva o nível da obra, ela cria um embate interessante com Max e suas ações sempre surpreendem.

Este terceiro filme é praticamente dividido em duas partes. A primeira em Bartertown e a segunda, quando Max, fora da cidade, encontra uma comunidade de nativos selvagens de jovens e crianças. Este novo encontro é mais um daqueles instantes que a trama surpreende, pois segue por um caminho muito distinto daquilo que imaginávamos. Entretanto, se no começo já havíamos nos deparado com uma quebra drástica, o roteiro, mais uma vez, coloca a trama em um local tão imprevisível quanto nonsense, remetendo às fantasias da "Terra do Nunca", nos fazendo perguntar se estamos realmente assistindo "Mad Max". Parece não haver ligação nenhuma com aquele novo universo com o que conhecíamos em 79. Esta trama do Capitão Walker e as crianças, na verdade, era um script para um outro filme, mas George Miller resolveu inserir aqui. No final, ele ainda consegue se redimir, criando um laço entre a história dos nativos com Bartertown, finalizando bem a obra, entretanto, esses dois universos distintos colocados num único filme, se diferenciando ainda dos dois primeiros capítulos, o enfraquecem, o tornando o produto menos interessante e menos coerente dentre todos. A trilha sonora é outro elemento que o difere dos outros, dessa vez composto por Maurice Jarre, no entanto, realiza um ótimo trabalho, marcando pontos para a produção.

"Mad Max: A Cúpula do Trovão", apesar de ter um bom final, vai perdendo a força no decorrer de seus minutos, se distanciando e muito do que fazia a obra algo tão única e tão original, e por fim se torna o filme menos relevante da trilogia. Se perde a ação e todas aquelas sequências eletrizantes e entra uma aventura familiar fantasiosa. Ainda é divertido e funciona, Max ainda é um ótimo personagem e é por ele que enfrentamos esta jornada. Vale também por Tina Turner e pela cidade bizarra de Bartertown e pelas lutas ocorridas na Thunderdome, muito bem coreografadas e interessantes de acompanhar. E claro, "We Don't Need Another Hero" está lá ao lado dos créditos finais. Muito melhor do que fazem hoje no gênero, mas inferior aos filmes anteriores, mas vale a pena para acompanhar os desdobramentos da trama e o fim que levam os personagens.

NOTA: 7






A trilogia de Mad Max levou o ator Mel Gibson ao estrelato, foi então que sua carreira realmente começou, onde posteriormente protagonizou mais uma saga de ação, "Máquina Mortífera". Por sua vez, o diretor George Miller, que se mostrou tão a vontade no gênero acabou seguindo por outros caminhos, como dirigindo o premiado drama "O Óleo de Lorenzo" de 1992, o infantil "Babe - O Porquinho Atrapalhado na Cidade" (1998) e a animação "Happy Feet - O Pingüim", de 2006, no qual ganhou seu primeiro Oscar. Este ano, Miller retorna na direção de "Mad Max: Estrada de Fúria" e fiquemos na torcida para que mais filmes venham, pois o cara é talentosíssimo e merece um espaço. 

Por fim, apenas digo, que vale muito a pena este resgate, de ver pela primeira vez ou rever estes clássicos, que mesmo sendo antigos, mostram uma qualidade e um vigor que hoje, infelizmente, o gênero já não é mais capaz de oferecer, não de forma tão real, tão honesta e tão divertida. Espero que "Estrada de Fúria" recupere este cinema e que George Miller possa ser, outra vez, uma referência. 

Um comentário:

  1. Sei que a grande maioria prefere o Mad Max 2, mas achei meio que insuportável um Max Rockatansky quase mudo e um Interceptor V8 que não corre nada. Na realidade, fico com o clássico de 1979, esse sim! Com todos os ingredientes de um filme distópico australiano, pré-apocalíptico (nunca o vi como uma película pós-apocalíptica) e personagens caricatas. Pude assistir a uma reprise dos clássicos de 79 e 81, num cinema em São Paulo ano passado.

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