sexta-feira, 23 de abril de 2010

Crítica: Como Treinar o Seu Dragão (How to Train Your Dragon, 2010)


A mais recente animação da DreamWorks, surgiu nos cinemas aparentando ser mais um filminho do gênero, levando em consideração a grande quantidade de animações que andam chegando nas telas, entretanto, se difere, pela trama nada infantil, numa história envolvente e extremamente carismática!


por Fernando Labanca

Escrito e dirigido por Chris Sanders, que veio da Disney, para acrescentar a lista dos ótimos filmes que a DreamWorks vem realizando. Ele, tem um currículo de dar inveja, diretor de Lilo e Stitch, e roteirista de clássicos como Mulan, Aladin, O Rei Leão e o indicado ao Oscar, A Bela e a Fera.

Em Como Treinar o Seu Dragão, vemos a difícil rotina dos vikings na ilha de Berk. Assim como em muitos lugares que existem pragas, em Berk, são os perigosos dragões que amedrontam a vida dos moradores. Eles, desde jovens são treinados para matar dragões (não treinar, assimo como sugere o título!), vikings crescidos, homens de honra, musculosos e que nada temem. Neste local, vive Soluço, um jovem que não se parece com um viking, magricela e atrapalhado, e devido a isso, uma vergonha para seu pai, o mais honrado dos homens, Stoico, que sempre sonhou em ver seu filho na arena, matando os monstros.



Até que um dia, Soluço encontra um dragão ferido e começa a ajudá-lo a se recuperar, bolando planos e desenvolvendo asas falsas para que ele pudesse voar novamente. Neste incidente, nasce uma amizade. Soluço que sempre evitou os treinos, muda de idéia, e junto com outros jovens vikings, ele passa a descobrir todas as táticas para se defender e matar um dragão, entretanto, ele, passa usar seu novo amigo para descobrir o que amedronta esses bichos, e usando isto nos treinos, Soluço passa a ser um jovem notável, e todos os anos que foi símbolo de fracasso desaparecem, e todo o seu mundo muda, consegue mostrar seu valor a seu pai e ainda conhecer a garota de seus sonhos, a valente Astrid. E mais do que isso, ele tenta levar uma mensagem para todo aquele povoado, que talvez os dragões só atacam por uma simples defesa, pois antes, estão sendo atacados.


Animação deixou de ser apenas para crianças, hoje, o gênero agrada tanto os jovens quanto os adultos, e Como Treinar o Seu Dragão marca bem este fato, não tem uma temática tão adulta quanto Wall-e ou Happy Feet, mas se parece mais com Ratatouille, numa história que agrada qualquer idade, mas a maneira como a trama é conduzida é extremamente madura. Personagens agradáveis, mas não tão caricatos, cenas de ação de primeira qualidade, um filme na Idade Média, de deixar qualquer filme sobre o mesmo período, simplesmente, humilhado.


A trilha sonora é fantástica, as canções se encaixam perfeitamente nos momentos em que são introduzidas, praticamente toda instrumental e de muito bom gosto. Parabéns mais uma vez, para as boas cenas de ação, dinâmicas e hipnotizantes. Efeitos de ótima qualidade, fiquei impressionado com o nível que essa animação chegou, as texturas das personagens alcançam perfeição, não esqueceram nem dos (mínimos) pêlos nos braços. Interessante também é a forma como a câmera captura as cenas, em determinados momentos, nos sentimos dentro da ação, principalmente nos momentos de vôos em que literalmente entramos no filme. Literalmente, pois o longa tem opção 3D, que aliás, é muito bem aplicado.


Dinâmico, divertido, engraçado, e porque não, inteligente. Como Treinar o Seu Dragão não chega a ser a melhor das animações, mas sem sombra de dúvida, chegou muito perto, e desde a primeira cena vemos que é um filme diferenciado e a experiência de vê-lo vale muito e pena.


NOTA: 9.5

Um comentário:

  1. Parece ser bom mesmo essa nova animação! preciso assisti-la... boa resenha! hehehehe abraço!

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