Pegando carona na postagem da Babi sobre dois dos clássicos de Quentin Tarantino, "Cães de Aluguel" e "Pulp Fiction", comentarei sobre Kill Bill, que marca a presença do aclamado diretor nessa década que em breve se encerrará. Muitos dizem que Tarantino recuperou o fôlego perdido em 1994, após "Pulp Fiction", com Kill Bill, que aliás não se sabe o porquê, o diretor o considera seu quarto trabalho, mesmo sendo seu, teoricamente, sexto filme.
Filmados juntos, e separados nas telas de cinema, Kill Bill volume 1 e 2 tem suas diferenças, tanto no roteiro quanto na forma. Idéia feliz de Tarantino, que somado isto a todo grandioso resultado dos longas, criou dois de seus mais belos trabalhos, provando de vez ser um grande diretor e provando que ainda tem fôlego para fazer grandes projetos, assim como posteriormente, realizou "Bastardos Inglórios" e "À Prova de Morte", mais uma vez, aclado pela crítica.
por Fernando Labanca
Kill Bill vol. 1 (2003)
Inicia aqui a doce história de vingança, uma das mais belas na história do cinema. Cheia de sarcasmo e ironias, batalhas eletrizantes e muito, muito sangue, Kill Bill foi um marco na carreira de Tarantino e um marco nos filmes de ação.
No filme, vemos uma bela mulher (Uma Thurman) com seu "Pussy Wagon", um chaveiro chamativo em busca de pancadaria, e logo na primeira cena assassina Vernita Green (Vivica A.Fox), uma antiga companheira de um grupo de assassinos de aluguel. Após a morte, ela risca mais um nome em sua lista, a lista de sua vingança, com cinco nomes, e agora dois já riscados.
No próxima cena, Quentin Tarantino nos apresenta a jornada dessa mulher misteriosa até ali, o que ela passou e por que está atrás de vingança. Ela é a "Noiva", foi brutalmente violentada em pleno dia de seu casamento pelo grupo o qual fazia parte, "Esquadrão Assassino de Víboras Mortais" liderado por Bill (David Corradine), o mandante do crime. O problema é que ela estava grávida e seu filho era de Bill que mesmo ouvindo isso de sua boca, lhe deu um tiro.
Para surpresa do grupo, ela sobrevive. Depois de meses em coma num hospital, ela acorda, sem filho, e com uma única coisa em cabeça, vingança. Seu grande alvo era Bill e até chegar até ele, fez sua lista, com seus capangas, iria matar um a um até chegar a ele. O-Ren Ishii (Lucy Liu), Elle Driver (Daryl Hannah), Vernita Green e Budd (Michael Madsen) seriam sua vítimas. Sua primeira escolha foi O-Ren Ishii, simplesmente porque de todos foi a única que se manteve na ativa, matava sem piedade e liderava um grupo de mafiosos japoneses. Porém, para conseguir matá-la, a Noiva foi atrás de Hattori Hanzo, um renomado especialista em espadas que a pedido dela fez uma para contrinuir em sua vingança. Com uma Hattori nas mãos nem tudo facilita, logo que teve de enfrentar um exército gigantesco, seguidores de O-Ren, e a batalha passa a ser muito mais difícil do que ela havia planejado.
"A vingança é um prato que se come frio", assim se inicia Kill Bill. Ou seja, para uma vingança ser bem realizada dever ser feita com total frieza daquele que a executa, e assim segue o filme, a "Noiva", assim como todos os coadjuvantes, lutam atrás de sangue e morte e vão até as últimas consequências para conquistá-los. E nesta intenção, o filme é bastante violento, e exagero é a palavra chave, sangues saem dos corpos como petróleo, mas logo entramos no jogo de Tarantino, e que nada deve ser levado tão a sério. O humor está ali também para provar a brincadeira, surge quando menos esperamos e até mesmo em cenas sérias não sabemos se damos risada ou se aquilo é sério mesmo. Uma experiência nova e extremamente divertida.
As cenas de luta que homenageiam filmes de kung fu e a cultura oriental, com uma mescla de uma cultura mais contemporênea, misturando filmes trash com animes, violência exagerada com bastante humor. Tarantino faz um mix daquilo que o consagrou, violência e citações "nerds". Ainda vemos uma trilha sonora que virou mito e até hoje é vista como referência, que transforma um simples olhar num grandioso momento, músicas que fazem deste filme algo eletrizante, canções atrás de canções, melhorando cada cena e contribuindo para Kill Bill ser definitivamente, um marco.
Além de todos esses pontos positivos, ainda há Uma Thurman. Que sem ela, esse projeto poderia ter sido um grande desastre, mesmo nas mãos de Tarantino. Ela se entrega com muita verdade a sua personagem, onde seu passado se resume a um momento, e seu futuro a uma só certeza, a vingança, sem nome, nos conectamos com a "Noiva" e com seu objetivo, torcemos por ela, e sentimos na pele sua perda. Thurman se entrega por total, tanto nas cenas mais dramáticas que são poucas, até as belas e longas cenas de ação, luta como alguém que realmente sabe o que está fazendo.
A primeira parte de Kill Bill termina muito bem, e mesmo que o grande vilão nem mesmo apareça, ficamos a espera da sequência, que foi lançada um ano depois. Mas mesmo assim, a divisão foi bem feita, e o volume 1 consegue um final digno. E mesmo sem o tão falado Bill, Tarantino nos apresenta a duas grandes vilãs, Elle Driver e a cena antológica como enfermeira assobiando nos corredores de um hospital, interpretada por Daryl Hannah e O-Ren Ishii, interpretada por Lucy Liu, que manda muito bem. Um filme fantástico, milagroso, divertido e único. Recomendo.
NOTA: 9
Kill Bill vol. 2 (2004)
A vingança continua. Mas dessa vez é para valer. Neste segundo volume, Quentin Tarantino que mais uma vez escreve e dirige, faz o que poucos cineastas conseguem, fazer uma sequência melhor que o original, sende este original, algo já excelente. Neste longa, conhecemos mais sobre a Noiva, sobre seu passado, sobre o dia em que foi assassinada e tudo o que faltou no primeiro.
Mais uma vez optando por contar a história de forma não-linear, "Kill Bill volume 2" é um simples quebra-cabeça, vemos uma mescla de fatos do passado e do presente, colocados de forma coerente, sempre facilitando a compreenção da cena seguinte. E essa forma de se fazer filme já foi bastante utilizado por Tarantino, como em "Cães de Aluguel" e "Pulp Fiction" e mais uma vez acerta e nisso transforma o longa em algo mais atrativo do que já era.
A "Noiva" trabalhava com seu noivo e o amava, vivia uma vida pacata em Texas, eis que no ensaio de seu casamento, reecontra um antigo amigo, ou melhor, uma antiga paixão, Bill (David Corradine), devastado pelo abandono de sua amada, traçou uma jornada afim de encontrá-la, e a encontrou noiva e grávida de outro homem. Faziam parte de um grupo de assassinos, que também voltaram, mas para matá-la. O-Ren Ishii e Vernita Green havian sido assassinadas. Budd abandonou esse tipo de vida, passou a ser um trabalhador qualquer, sabia que uma hora ou outra ela, que agora tem nome, Beatrix Kiddo, voltaria para se vingar. O que mais temia era o fato dela ter uma poderosa espada de Hattori, mas por outro lado, compreendia sua vingança. Porém, em sua batalha com Budd, Beatrix perde e acaba sendo enterrada viva. Acreditando que os problemas haviam sido resolvidos, para ganhar dinheiro, vende a Hattori para Elle Driver que para não perder o dinheiro e ainda ficar com a espada, mata Budd.
Conseguindo sair debaixo do solo, Beatrix parte, mais forte e mais sedenta por vingança, em busca de Bill. Voltando ao passado, presenciamos uma bela e verdadeira relação que ela mantinha com Bill, amantes que se amavam mais do que qualquer outra coisa, ele a leva para ser treinada por Pei Mei, um chefe de Kung Fu, arrogante e estúpido, faz de Beatrix uma profissional e é onde entendemos seus conhecimentos nas artes marciais. Entretanto, no reencontro com Bill, ela acaba reecontrando algo que tinha certeza de que havia perdido, sua filha.
Fechando com chave de ouro essa árdua jornada, "Kill Bill volume 2" trás mais uma vez cenas fortes e violentas e sequências eletrizantes e um final digno para todo esse espetáculo. O longa termina num nível altíssimo, numa sequência memorável, antológico seu reencontro com Bill, diálogos inteligentes, com direito a citações de HQ, humor e para surpresa de um filme tão pesado e tenso, enfim, um grande momento de emoção, comovente na pele de dois atores que surpreendem, Uma Thurman e David Corradine.
"Kill Bill vol.2" é bastante diferente do primeiro, e mais uma vez repito meu respeito pela divisão mais do que feliz feita pelos realizadores dos dois longas. Apesar de seguir o mesmo roteiro, a forma como tudo é feito é diferente, as cenas de morte e muito sangue são deixadas em segundo plano, dando preferência para a história em si, nos mostrando detalhes importantes do passado e que fazem toda a diferença. O filme também reserva mais espaço para conhecermos mais os personagens, onde todos ganham uma profundidade psicológica mais ampla, além das cenas mais comoventes, transformando o que antes eram apenas fantoches lutando, em humanos, que sentem, tem uma história e sofrem. Brilhante.
Os pontos positivos permanecem, como a ótima trilha sonora, a bela fotografia e as grandiosas cenas de ação. O filme, assim como o primeiro e assim como todos os filmes de Tarantino, são divididos em capítulos, contando com o volume 1, ao todo, são 10, e neles, há cenas com longa duração, preenchidas por diálogos inteligentes e rápidos, e diferente de por exemplo, "Bastardos Inglórios" a longa duração das cenas não deixam o filme intediante. Ao meu ver, Tarantino soube trabalhar melhor com seu estilo, e por isso, depois de "Pulp Fiction", tanto o volume 1 quanto o 2, foram o ponto alto de sua carreira.
Uma Thurman também cresce, já estava ótima no primeiro, mas graças ao roteiro, sua personagem cresce psicológicamente permitindo que a atriz prove de vez seu talento. Ela se sai muito bem não somente nas cenas de luta, demonstrando toda sua leveza no King Fu, mas também nas cenas mais sérias. David Corradine (que faleceu em 2009), excelente em cena, e junto com Thurman finaliza maravilhosamente o longa. O restanto do elenco, corretos.
Um filme incrível, que superou todas as minhas expectativas, logo que eu, sinceramente, não esperava muita coisa, e vi esperando criticá-lo, mas acabou e eu estava simplesmente chocado com o que acabava de ver, um espetáculo, repleto de bons momentos e cenas marcantes, excelentes atuações e um visual deslumbrante. Imperdível, para quem curte Quentin Tarantino, uma obra indispensável.
Filmados juntos, e separados nas telas de cinema, Kill Bill volume 1 e 2 tem suas diferenças, tanto no roteiro quanto na forma. Idéia feliz de Tarantino, que somado isto a todo grandioso resultado dos longas, criou dois de seus mais belos trabalhos, provando de vez ser um grande diretor e provando que ainda tem fôlego para fazer grandes projetos, assim como posteriormente, realizou "Bastardos Inglórios" e "À Prova de Morte", mais uma vez, aclado pela crítica.
por Fernando Labanca
Kill Bill vol. 1 (2003)
Inicia aqui a doce história de vingança, uma das mais belas na história do cinema. Cheia de sarcasmo e ironias, batalhas eletrizantes e muito, muito sangue, Kill Bill foi um marco na carreira de Tarantino e um marco nos filmes de ação.
No filme, vemos uma bela mulher (Uma Thurman) com seu "Pussy Wagon", um chaveiro chamativo em busca de pancadaria, e logo na primeira cena assassina Vernita Green (Vivica A.Fox), uma antiga companheira de um grupo de assassinos de aluguel. Após a morte, ela risca mais um nome em sua lista, a lista de sua vingança, com cinco nomes, e agora dois já riscados.
No próxima cena, Quentin Tarantino nos apresenta a jornada dessa mulher misteriosa até ali, o que ela passou e por que está atrás de vingança. Ela é a "Noiva", foi brutalmente violentada em pleno dia de seu casamento pelo grupo o qual fazia parte, "Esquadrão Assassino de Víboras Mortais" liderado por Bill (David Corradine), o mandante do crime. O problema é que ela estava grávida e seu filho era de Bill que mesmo ouvindo isso de sua boca, lhe deu um tiro.
Para surpresa do grupo, ela sobrevive. Depois de meses em coma num hospital, ela acorda, sem filho, e com uma única coisa em cabeça, vingança. Seu grande alvo era Bill e até chegar até ele, fez sua lista, com seus capangas, iria matar um a um até chegar a ele. O-Ren Ishii (Lucy Liu), Elle Driver (Daryl Hannah), Vernita Green e Budd (Michael Madsen) seriam sua vítimas. Sua primeira escolha foi O-Ren Ishii, simplesmente porque de todos foi a única que se manteve na ativa, matava sem piedade e liderava um grupo de mafiosos japoneses. Porém, para conseguir matá-la, a Noiva foi atrás de Hattori Hanzo, um renomado especialista em espadas que a pedido dela fez uma para contrinuir em sua vingança. Com uma Hattori nas mãos nem tudo facilita, logo que teve de enfrentar um exército gigantesco, seguidores de O-Ren, e a batalha passa a ser muito mais difícil do que ela havia planejado.
"A vingança é um prato que se come frio", assim se inicia Kill Bill. Ou seja, para uma vingança ser bem realizada dever ser feita com total frieza daquele que a executa, e assim segue o filme, a "Noiva", assim como todos os coadjuvantes, lutam atrás de sangue e morte e vão até as últimas consequências para conquistá-los. E nesta intenção, o filme é bastante violento, e exagero é a palavra chave, sangues saem dos corpos como petróleo, mas logo entramos no jogo de Tarantino, e que nada deve ser levado tão a sério. O humor está ali também para provar a brincadeira, surge quando menos esperamos e até mesmo em cenas sérias não sabemos se damos risada ou se aquilo é sério mesmo. Uma experiência nova e extremamente divertida.
As cenas de luta que homenageiam filmes de kung fu e a cultura oriental, com uma mescla de uma cultura mais contemporênea, misturando filmes trash com animes, violência exagerada com bastante humor. Tarantino faz um mix daquilo que o consagrou, violência e citações "nerds". Ainda vemos uma trilha sonora que virou mito e até hoje é vista como referência, que transforma um simples olhar num grandioso momento, músicas que fazem deste filme algo eletrizante, canções atrás de canções, melhorando cada cena e contribuindo para Kill Bill ser definitivamente, um marco.
Além de todos esses pontos positivos, ainda há Uma Thurman. Que sem ela, esse projeto poderia ter sido um grande desastre, mesmo nas mãos de Tarantino. Ela se entrega com muita verdade a sua personagem, onde seu passado se resume a um momento, e seu futuro a uma só certeza, a vingança, sem nome, nos conectamos com a "Noiva" e com seu objetivo, torcemos por ela, e sentimos na pele sua perda. Thurman se entrega por total, tanto nas cenas mais dramáticas que são poucas, até as belas e longas cenas de ação, luta como alguém que realmente sabe o que está fazendo.
A primeira parte de Kill Bill termina muito bem, e mesmo que o grande vilão nem mesmo apareça, ficamos a espera da sequência, que foi lançada um ano depois. Mas mesmo assim, a divisão foi bem feita, e o volume 1 consegue um final digno. E mesmo sem o tão falado Bill, Tarantino nos apresenta a duas grandes vilãs, Elle Driver e a cena antológica como enfermeira assobiando nos corredores de um hospital, interpretada por Daryl Hannah e O-Ren Ishii, interpretada por Lucy Liu, que manda muito bem. Um filme fantástico, milagroso, divertido e único. Recomendo.
NOTA: 9
Kill Bill vol. 2 (2004)
A vingança continua. Mas dessa vez é para valer. Neste segundo volume, Quentin Tarantino que mais uma vez escreve e dirige, faz o que poucos cineastas conseguem, fazer uma sequência melhor que o original, sende este original, algo já excelente. Neste longa, conhecemos mais sobre a Noiva, sobre seu passado, sobre o dia em que foi assassinada e tudo o que faltou no primeiro.
Mais uma vez optando por contar a história de forma não-linear, "Kill Bill volume 2" é um simples quebra-cabeça, vemos uma mescla de fatos do passado e do presente, colocados de forma coerente, sempre facilitando a compreenção da cena seguinte. E essa forma de se fazer filme já foi bastante utilizado por Tarantino, como em "Cães de Aluguel" e "Pulp Fiction" e mais uma vez acerta e nisso transforma o longa em algo mais atrativo do que já era.
A "Noiva" trabalhava com seu noivo e o amava, vivia uma vida pacata em Texas, eis que no ensaio de seu casamento, reecontra um antigo amigo, ou melhor, uma antiga paixão, Bill (David Corradine), devastado pelo abandono de sua amada, traçou uma jornada afim de encontrá-la, e a encontrou noiva e grávida de outro homem. Faziam parte de um grupo de assassinos, que também voltaram, mas para matá-la. O-Ren Ishii e Vernita Green havian sido assassinadas. Budd abandonou esse tipo de vida, passou a ser um trabalhador qualquer, sabia que uma hora ou outra ela, que agora tem nome, Beatrix Kiddo, voltaria para se vingar. O que mais temia era o fato dela ter uma poderosa espada de Hattori, mas por outro lado, compreendia sua vingança. Porém, em sua batalha com Budd, Beatrix perde e acaba sendo enterrada viva. Acreditando que os problemas haviam sido resolvidos, para ganhar dinheiro, vende a Hattori para Elle Driver que para não perder o dinheiro e ainda ficar com a espada, mata Budd.
Conseguindo sair debaixo do solo, Beatrix parte, mais forte e mais sedenta por vingança, em busca de Bill. Voltando ao passado, presenciamos uma bela e verdadeira relação que ela mantinha com Bill, amantes que se amavam mais do que qualquer outra coisa, ele a leva para ser treinada por Pei Mei, um chefe de Kung Fu, arrogante e estúpido, faz de Beatrix uma profissional e é onde entendemos seus conhecimentos nas artes marciais. Entretanto, no reencontro com Bill, ela acaba reecontrando algo que tinha certeza de que havia perdido, sua filha.
Fechando com chave de ouro essa árdua jornada, "Kill Bill volume 2" trás mais uma vez cenas fortes e violentas e sequências eletrizantes e um final digno para todo esse espetáculo. O longa termina num nível altíssimo, numa sequência memorável, antológico seu reencontro com Bill, diálogos inteligentes, com direito a citações de HQ, humor e para surpresa de um filme tão pesado e tenso, enfim, um grande momento de emoção, comovente na pele de dois atores que surpreendem, Uma Thurman e David Corradine.
"Kill Bill vol.2" é bastante diferente do primeiro, e mais uma vez repito meu respeito pela divisão mais do que feliz feita pelos realizadores dos dois longas. Apesar de seguir o mesmo roteiro, a forma como tudo é feito é diferente, as cenas de morte e muito sangue são deixadas em segundo plano, dando preferência para a história em si, nos mostrando detalhes importantes do passado e que fazem toda a diferença. O filme também reserva mais espaço para conhecermos mais os personagens, onde todos ganham uma profundidade psicológica mais ampla, além das cenas mais comoventes, transformando o que antes eram apenas fantoches lutando, em humanos, que sentem, tem uma história e sofrem. Brilhante.
Os pontos positivos permanecem, como a ótima trilha sonora, a bela fotografia e as grandiosas cenas de ação. O filme, assim como o primeiro e assim como todos os filmes de Tarantino, são divididos em capítulos, contando com o volume 1, ao todo, são 10, e neles, há cenas com longa duração, preenchidas por diálogos inteligentes e rápidos, e diferente de por exemplo, "Bastardos Inglórios" a longa duração das cenas não deixam o filme intediante. Ao meu ver, Tarantino soube trabalhar melhor com seu estilo, e por isso, depois de "Pulp Fiction", tanto o volume 1 quanto o 2, foram o ponto alto de sua carreira.
Uma Thurman também cresce, já estava ótima no primeiro, mas graças ao roteiro, sua personagem cresce psicológicamente permitindo que a atriz prove de vez seu talento. Ela se sai muito bem não somente nas cenas de luta, demonstrando toda sua leveza no King Fu, mas também nas cenas mais sérias. David Corradine (que faleceu em 2009), excelente em cena, e junto com Thurman finaliza maravilhosamente o longa. O restanto do elenco, corretos.
Um filme incrível, que superou todas as minhas expectativas, logo que eu, sinceramente, não esperava muita coisa, e vi esperando criticá-lo, mas acabou e eu estava simplesmente chocado com o que acabava de ver, um espetáculo, repleto de bons momentos e cenas marcantes, excelentes atuações e um visual deslumbrante. Imperdível, para quem curte Quentin Tarantino, uma obra indispensável.
NOTA: 9,5
Vale lembrar que Quentin Tarantino afirmou que fará uma continuação, porém, ele ainda tem outras prioridades e o filme só chegaria em 2014. Alguns rumores apontam Uma Thurman mais uma vez como protagonista, e também haverá o retorno de Danyl Hannah e sua Elle Driver, logo que a mesma não teve um final revelado na parte final, e ela retornaria atrás de vingança. Outros personagens retornariam também em busca de vingança contra Beatrix Kiddo, houve boatos que indicaram que a filha de Vernita Green, que viu sua mãe sendo assassinada no primeiro, voltaria, assim como Sofie (Julie Deyfus), assistente de O-Ren Ishii, que teve um dos braços cortados por Kiddo, também no primeiro.
Enfim, agora é só aguardar...
Enfim, agora é só aguardar...
Uaaaaauuuuu...gostei de ver, hein?
ResponderExcluirMuito da hora sua postagem...lembra quando a gente tava no ensino médio ainda, e a gente falava sobre Tarantino e eu era a única que gostava de Kill Bill, mesmo com o sangue jorrando que nem petróleo???O filme é muito bom e isso é somente uma questão de estética, para homenagear os filmes japoneses bagaceiros e faroestes dos anos 60 e 70 que o Tarantino gosta...
Que bom que vc viu o verdadeiro potencial da obra..cara! Sou fã da Noiva! Viva Beatrix Kiddo!!!ushauhsaush
Bom, zoeiras a parte..parabéns pela postagem!
Bju..e Tarantino dominou geral aqui, hein?
Pois eh...
ResponderExcluirlembro mto bem desse tempo...
eu ateh achava Kill Bill mto tosco...
toda aquela jorração de sangue...pátético!!!
e com genetalizava toda a carreira de Tarantino...
e o odiava...kkkk
queimei minha língua...
num só final de semana q tive a oportunidade de ver 4 de seus filmes (inteiros e legendados)...kkk...
mudei completamente d idéia...
e hj o admiro e vi q realmente seus filmes são ótimos!!!
Kill Bill na veia!!!
e valeu pelo comentário!!
que linda, parece alguem que conheço..
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