por Fernando Labanca
Coincidências do Amor (The Switch, 2010)
Jennifer Aniston é Kassie, uma mulher madura que já atingiu a idade de sucesso e a idade em que as mulheres já constituiram suas famílias, e neste quesito, ela estava para trás. Até que decide, sem querer depender de homem para realizar seu desejo de ser mãe, ir atrás de um doador de espermas, o que é completamente contra ao que seu melhor amigo, Wally (Jason Bateman) acha. Wally é um solitário, também não obteve muito sucesso em sua vida e tem uma queda pela bela moça que só o enxerga como amigo. Eis que seu desejo se realiza, surge um homem (Patrick Wilson) que aceitou o desafio, e para isso, ela e suas amigas realizam uma grande festa, e neste mesmo dia, em que Wally, embriagado, joga fora os espermas do desconhecido e coloca os seus.
Kassie se muda para outra cidade, e depois de muitos anos retorna, com seu filho já crescido. É quando Wally percebe as semelhanças que tem com o garoto e passa a se lembrar do erro que cometeu, a verdade é uma só, ele é o pai do filho da mulher que ama. E sem que ela perceba, Wally vai se ligando a ele, surgindo uma bela e verdadeira amizade, e recuperando aquilo que deixou de ter há um bom tempo, uma família.
Não, não é uma comédia romântica, assim como o filme é vendido. Uma comédia com humor bem sutil com umas pitadas de drama, que funcionam. O longa é uma ótima pedida para um final de semana, sem dúvidas, um filme delicioso, com uma história não muito inovadora, mas que passa sua mensagem e conclui com competência seus objetivos. O romance fica um pouco para o segundo plano, o foco aqui é a relação de Wally e seu novo e desconhecido filho, é simplesmente belo a maneira como esta relação é explorada, os diálogos e principalmente as atuações convincentes de Jason Bateman e do novato Thomas Robinson. Recomendo!
Kassie se muda para outra cidade, e depois de muitos anos retorna, com seu filho já crescido. É quando Wally percebe as semelhanças que tem com o garoto e passa a se lembrar do erro que cometeu, a verdade é uma só, ele é o pai do filho da mulher que ama. E sem que ela perceba, Wally vai se ligando a ele, surgindo uma bela e verdadeira amizade, e recuperando aquilo que deixou de ter há um bom tempo, uma família.
Não, não é uma comédia romântica, assim como o filme é vendido. Uma comédia com humor bem sutil com umas pitadas de drama, que funcionam. O longa é uma ótima pedida para um final de semana, sem dúvidas, um filme delicioso, com uma história não muito inovadora, mas que passa sua mensagem e conclui com competência seus objetivos. O romance fica um pouco para o segundo plano, o foco aqui é a relação de Wally e seu novo e desconhecido filho, é simplesmente belo a maneira como esta relação é explorada, os diálogos e principalmente as atuações convincentes de Jason Bateman e do novato Thomas Robinson. Recomendo!
NOTA: 8
Em Busca de Uma Nova Chance (The Greatest, 2010)
Rose (Carey Mulligan) durante um ano inteiro trocava olhares com Bennett (Aaron Johnson) nos corredores do colégio, eis que no último dia, eles se conhecem, e vivem uma paixão profunda, e depois da primeira noite de amor, eles sofrem um acidente de carro, e Bennett morre.
A família do jovem passa por momentos difíceis, até que Rose aparece na casa deles, dizendo que está grávida e não tem mais para onde ir. Ela passa a morar na casa da família, e vai enfrentando juntamente com eles, a superação diária da ausência de Bennett. Desde o sofrimento da mãe, Grace (Susan Sarandon), do irmão (Johnny Simmons) que se perde nas drogas e do pai (Pierce Brosnan) que mesmo com tanta dor tenta se mostrar forte para apoiar a família.
Aparente, belo. Pelo trailer principalmente que vendeu o filme muito bem, mas a sensação que sentimos após vê-lo é pura decepção, algo muito diferente do que foi vendido, cheio de clichês, frases feitas, melodrama forçado que não convense mesmo nas boas atuações de Susan Sarandon e Carey Mulligan. O filme tenta o tempo todo nos converser de aquilo é triste e naquela cena devemos chorar, mas os diálogos forçam tanto a barra que a vontade é de desistir de chegar até o final. Pierce Brosnan se esforça, mas exagera e muito nas cenas dramáticas. Johnny Simmons também se esforça, mas seu personagem é ctrl C+ ctrl V puro de muitos outros filmes. Passe longe.
A família do jovem passa por momentos difíceis, até que Rose aparece na casa deles, dizendo que está grávida e não tem mais para onde ir. Ela passa a morar na casa da família, e vai enfrentando juntamente com eles, a superação diária da ausência de Bennett. Desde o sofrimento da mãe, Grace (Susan Sarandon), do irmão (Johnny Simmons) que se perde nas drogas e do pai (Pierce Brosnan) que mesmo com tanta dor tenta se mostrar forte para apoiar a família.
Aparente, belo. Pelo trailer principalmente que vendeu o filme muito bem, mas a sensação que sentimos após vê-lo é pura decepção, algo muito diferente do que foi vendido, cheio de clichês, frases feitas, melodrama forçado que não convense mesmo nas boas atuações de Susan Sarandon e Carey Mulligan. O filme tenta o tempo todo nos converser de aquilo é triste e naquela cena devemos chorar, mas os diálogos forçam tanto a barra que a vontade é de desistir de chegar até o final. Pierce Brosnan se esforça, mas exagera e muito nas cenas dramáticas. Johnny Simmons também se esforça, mas seu personagem é ctrl C+ ctrl V puro de muitos outros filmes. Passe longe.
NOTA: 4
Entre Irmãos (Brothers, 2009)
Refilmagem de um filme dinarmaquês de 2004 e dirigido por Jim Sheridan. Nele, conhecemos dois irmãos, Tommy (Jake Gyllenhaal), um tanto quanto fracassado na vida e que está prestes a sair da prisão, por outro lado, há Sam (Tobey Maguire), o filho exemplo, fez uma família adorável ao lado de sua amada esposa Grace (Natalie Portman), com quem tem duas filhas pequenas. Sam é do exército e está prestes a ir para o Afeganistão em missão de paz. Enquanto, Tommy tenta retomar sua vida fora das grades, Sam vai para enfrentar os perigos da guerra, até que é feito refém por alguns nativos e é dado como morto.
A notícia chega para Grace e sua família e é o fim para todos. Todos sofrem a perda de Sam e aos poucos vão tentando viver com a ausência dele, e Tommy passa a frequentar a casa de Grace e apoiá-la neste tempo de dor, e passa a ter uma relação muito forte com ela. Eis que Sam retorna, e percebe que voltar vivo de uma guerra não significa que continua vivendo e passa a tentar viver naquela vida que perdeu todo o significado ao mesmo tempo que tenta conviver com a dúvida de ter perdido sua esposa para seu irmão.
Uma história não muito inovadora, mas que surpreendentemente funciona muito bem nas mãos do diretor que realiza um trabalho incrível, assim como o roteiro que explora o máximo e o melhor de cada personagem, sem cair no clichê o que é muito difícil neste tipo de trama e este é seu maior triunfo, além de conseguir não cair no melodrama, construindo um drama convincente e muito sincero. Palmas para a grandiosa atuação de Tobey Maguire, sua melhor performance no cinema e uma das melhores atuações masculinas do ano, simplesmente incrível. Jake Gyllenhaal também surpreende e sai bem e Natalie Portman é Natalie Portaman, não tem como errar, linda e ótima como sempre.
A notícia chega para Grace e sua família e é o fim para todos. Todos sofrem a perda de Sam e aos poucos vão tentando viver com a ausência dele, e Tommy passa a frequentar a casa de Grace e apoiá-la neste tempo de dor, e passa a ter uma relação muito forte com ela. Eis que Sam retorna, e percebe que voltar vivo de uma guerra não significa que continua vivendo e passa a tentar viver naquela vida que perdeu todo o significado ao mesmo tempo que tenta conviver com a dúvida de ter perdido sua esposa para seu irmão.
Uma história não muito inovadora, mas que surpreendentemente funciona muito bem nas mãos do diretor que realiza um trabalho incrível, assim como o roteiro que explora o máximo e o melhor de cada personagem, sem cair no clichê o que é muito difícil neste tipo de trama e este é seu maior triunfo, além de conseguir não cair no melodrama, construindo um drama convincente e muito sincero. Palmas para a grandiosa atuação de Tobey Maguire, sua melhor performance no cinema e uma das melhores atuações masculinas do ano, simplesmente incrível. Jake Gyllenhaal também surpreende e sai bem e Natalie Portman é Natalie Portaman, não tem como errar, linda e ótima como sempre.
NOTA: 8,5
Karatê Kid (The Karate Kid, 2010)
Refilmagem do clássico Karate Kid de 1984. Nos mostra a transformação na vida do jovem Dre (Jaden Smith) que se muda junto com sua mãe (Taraji P.Henson) para Pequim, devido o trabalho dela. Lá, ele tem que se acostumar com as novas tradições e descobrir uma nova cultura, enquanto isso ele passa a ser perseguido por alguns jovens do local, é quando percebe que eles fazem parte de um treinamento rígido de kung fu. Percebendo a vulnerabilidade do novato, surge o Senhor Han (Jackie Chan), o zelador do apartamento onde Dre mora, e passa a lhe passar alguns conhecimentos úteis não só para se livrar dos garotos, mas para a vida também, como equilíbrio e disciplina.
Até que Dre é convocado para participar de um torneio de kung fu e só se veria livre das perseguições se participasse, a partir de então, Han passa a ser seu "mestre" e lhe ensina o verdadeiro kung fu. Enquanto isso, Dre se envolve com uma bela jovem do local, e junto com ela, vai descobrir as maravilhas da cidade.
Roteiro fiel ao original, mas ainda sim consegue ser melhor. É claro que foram feitas algumas adaptações, e a principal delas é a entrada do kung fu, o título serve como marca mesmo para remeter ao clássimo, mas a idéia agora é outra, e funciona. Elenco correto, numa história ainda interessante nos tempos de hoje, devido também a direção competante de Harald Zwart. Bela fotografia, trilha sonora e cenas muito bem realizadas, tudo em perfeito estado. O final é previsível e não foge da linha de conforto, mas ainda assim é bom! Não esperava nada desta refilmagem, mas superou todas as minhas expectativas, melhor que o original, uma ótima pedida.
Até que Dre é convocado para participar de um torneio de kung fu e só se veria livre das perseguições se participasse, a partir de então, Han passa a ser seu "mestre" e lhe ensina o verdadeiro kung fu. Enquanto isso, Dre se envolve com uma bela jovem do local, e junto com ela, vai descobrir as maravilhas da cidade.
Roteiro fiel ao original, mas ainda sim consegue ser melhor. É claro que foram feitas algumas adaptações, e a principal delas é a entrada do kung fu, o título serve como marca mesmo para remeter ao clássimo, mas a idéia agora é outra, e funciona. Elenco correto, numa história ainda interessante nos tempos de hoje, devido também a direção competante de Harald Zwart. Bela fotografia, trilha sonora e cenas muito bem realizadas, tudo em perfeito estado. O final é previsível e não foge da linha de conforto, mas ainda assim é bom! Não esperava nada desta refilmagem, mas superou todas as minhas expectativas, melhor que o original, uma ótima pedida.
NOTA: 8,5
Lunar (Moon, 2009)
Filme aclamado em alguns festivais e vencedor do prêmio Revelação no Bafta, para o estreiante em longas metragens, Duncan Jones, filho de David Bowie. Uma ficção ciêntífica inovadora, que conta a árdua trajetória de Sam Bell (Sam Rockwell) numa missão na Lua num período de três anos, através da empresa Lunar que o enviou para explorar um material do solo que salvaria a crise energética do Planeta Terra.
Tem a única companhia do robô GERTY e está prestes a voltar para casa, mais ainda enfrenta uma difícil e solitária missão. Eis que ele sofre um acidente, curioso para voltar no local onde aconteceu o ocorrido, encontra um outro astronauta, tirando seu capacete o que ele enxerga é um clone seu. E na nave passa a conviver dois Sam, e nenhum sabe o que realmente está acontecendo e quem é o verdadeiro, e o que era solidão se transforma em paranóia. E curiso para tentar entender o estranho acontecimento, começa a descobrir que esta missão tem muitas verdades a serem discutidas e muitos mistérios a serem revelados.
Finalmente uma ficção ciêntífica decente, a melhor, digamos, desde a animação Wall-e. Um filme inteligente, interessante, com um roteiro muito original que nos mostra o que houve de melhor no gênero, com referências do clássico de Stanley Kubrick, "2001", e nos lembrando o porquê deste estilo ser ainda interessante, e nas mãos de Duncan Jones, "Lunar" se torna um grande exemplo de ficção ciêntífica, sem explosões e grandes efeitos especiais, os conflitos são internos, acontece com a personagem principal, no seu psicológico, e tem uma trama interessante capaz de prender a atenção do público sem precisar apelar para "muito barulho e pouco conteúdo". Além da incrível atuação de Sam Rockwell que leva o filme inteiro nas costas, sem ele, nada disso seria possível. Recomendo.
Tem a única companhia do robô GERTY e está prestes a voltar para casa, mais ainda enfrenta uma difícil e solitária missão. Eis que ele sofre um acidente, curioso para voltar no local onde aconteceu o ocorrido, encontra um outro astronauta, tirando seu capacete o que ele enxerga é um clone seu. E na nave passa a conviver dois Sam, e nenhum sabe o que realmente está acontecendo e quem é o verdadeiro, e o que era solidão se transforma em paranóia. E curiso para tentar entender o estranho acontecimento, começa a descobrir que esta missão tem muitas verdades a serem discutidas e muitos mistérios a serem revelados.
Finalmente uma ficção ciêntífica decente, a melhor, digamos, desde a animação Wall-e. Um filme inteligente, interessante, com um roteiro muito original que nos mostra o que houve de melhor no gênero, com referências do clássico de Stanley Kubrick, "2001", e nos lembrando o porquê deste estilo ser ainda interessante, e nas mãos de Duncan Jones, "Lunar" se torna um grande exemplo de ficção ciêntífica, sem explosões e grandes efeitos especiais, os conflitos são internos, acontece com a personagem principal, no seu psicológico, e tem uma trama interessante capaz de prender a atenção do público sem precisar apelar para "muito barulho e pouco conteúdo". Além da incrível atuação de Sam Rockwell que leva o filme inteiro nas costas, sem ele, nada disso seria possível. Recomendo.
NOTA: 9
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