
por Fernando Labanca
O filme mostra a criação do Facebook, uma das redes sociais mais populares da internet, e mais do que isso, nos mostra como esses jovens por trás desse projeto se tornaram milionários tão cedo. Primeiramente, conhecemos os jovens intelectuais afim de muita badalação nos corredores de Harvard, dentre eles, está Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), mimado, folgado, grosseiro, inteligente e ao mesmo tempo, um verdadeiro babaca. É apaixonado por Erica (Rooney Mara), sua namorada, até que um dia ela resolve abandoná-lo, logo que percebeu o quão idiota ele é. Decepcionado com a situação, e ao mesmo tempo querendo levar a melhor, achando que estaria "virando o jogo" começa a humilhá-la em seu blog. Não suficiente, com a ajuda de seus amigos, inclusive de Eduardo Saverin (Andrew Garfield), seu colega de quarto, utilizando seus conhecimentos em criação de programas, cria na mesma hora um, onde buscando imagens das garotas da faculdade em redes sociais e hackeando a segurança de Harvard, tem o intuito de criar uma espécie de duelo entre desconhecidas, e os internautas escolheriam quais eram as melhores, o "facemash".

Com isso, Mark ganha notoriedade, principalmente da parte de três jovens, Tyler e Cameron Winklevoss (Armie Hammer) e Divya (Max Minghella) que buscavam conhecimento para criarem um grandioso projeto na internet e vão atrás do expert, que aceita o convite. Enquanto isso, Eduardo se vê envolvido com alguns grupos importantes da faculdade, coisa de Mark sempre quis, mas nunca conseguiu, e para resolver este problema se envolve neste projeto, acreditando se tornar um milionário e ser reconhecido pelos seus conhecimentos. Entretanto, ele não participa das reuniões da criação, e sem que os estudantes percebessem, Mark "rouba" as idéias deles e cria o "thefacebook".

"A Rede Social" é muito mais do que apenas a criação do facebook, é um retrato fial a juventude 2.0, aos novos tempos, os novos caminhos que a nova geração seguiu devido a tecnologia. Onde as relações se limitam a sites de relacionamento e quando os conflitos tem que ser resolvidos cara a cara, o ser humano falha, é quando vemos, então, a falta de caráter dos mesmos. O que mais impressiona nessa nova sociedade mostrada no filme, não é apenas a fragilidade das relações, mas o quão longe o homem vai para conquistar seus objetivos, indo contra seus próprios valores, valores como família, amizade, bondade, enfim, tudo o que denominamos de correto, são completamente ignorados. Os valores mudaram, e são assustadores, fama, dinheiro, nem que para tê-los seja preciso roubar, trair, mentir.


Um filme excelente, não tão bom quanto a mídia está citando. O fato de ter sido estreiado nesta época do ano favorece na seleção de prêmios por ser mais lembrado, se tivesse sido lançado no meio do ano, talvez teria sido ignorado, assim como os próprios criadores do "facebook" acreditavam. Um projeto muito bem realizado, com diálogos interessantes, sequências bem elaboradas e atuações notáveis, um filme acima de tudo, inteligente e marcante e nas mãos do diretor certo. Pode sim ser considerado "um dos" melhores do ano, mas não "o".
NOTA: 8.5
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