Um dos filmes mais aguardados do ano, Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas, é a continuação de uma das sagas mais queridas do cinema e uma das mais lucrativas da história. Diferente das três partes anteriores, que estavam sob o camando de Gore Verbinski, este é dirigido por Rob Marshall, responsável por filmes como "Memórias de Uma Gueixa" e o vencedor do Oscar "Chicago". Johnny Depp volta para interpretar Jack Sparrow, ou melhor, o Capitão Jack Sparrow, e Geoffrey Rush como o Capitão Barbossa. Os outros dois protagonistas da saga, Keira Knightley e Orlando Bloom, infelizmente não voltaram, entram em cena, os veteranos Penélope Cruz e Ian McShane, como o mais novo vilão. Tive o prazer de ver a sequência e aqui estou para escrever o que achei, mas já digo de início, qualquer comentário é muito suspeito, logo que sou e admito, um eterno fã de Piratas do Caribe!
por Fernando Labanca
Aguardei e muito esta sequência, desde as primeiras notas da continuação de "No Fim do Mundo", acompanhei as notícias e novas imagens e tudo referente a "Pirates of the Caribbean - On Stranger Tides". Confesso que as mudanças no elenco e principalmente do diretor fez diminuir minhas expectativas, e desde então estive ciente de que não haveria como ser melhor ou pelo menos tão bom quanto os outros três filmes, o que de certa maneira, foi bom pensar assim, portanto, não houve decepções, logo que de fato, este é bem inferior aos outros.
O filme começa com Gibbs (Kevin McNally) um dos ex-integrantes do Pérola Negra, sendo arrastado para a forca, mas com a intervenção de Jack Sparrow que vai até Londres salvar a pele de seu antigo companheiro, consegue ser salvo da morte, mas a Corte Britânica ainda está na cola de Sparrow, que o prende, é onde ele reecontra o Capitão Barbossa (Geoffrey Rush) que agora trabalha para o Rei e tem como objetivo o mesmo de Jack, encontrar a lendária fonte da juventude e ele sabe que o Capitão trapaceiro tem as coordenadas, mas ele foge. Enquanto isso, Barbossa rapta Gibbs que tem a posse do mapa para a fonte, e agora com um novo barco e uma nova tripulação tem que chegar ao local antes da frota da Espanha que também está a procura da fonte.
Em Londres, Sparrow descobre que está havendo boatos de que ele está recrutando marujos para uma jornada em busca da fonte da juventude, o que é óbvio que não está. É quando descobre que esta farsa foi iniciada por Angelica (Penélope Cruz) um antigo caso não resolvido do passado do Capitão, que pretende ir atrás deste local para salvar a vida de seu pai, o Barba Negra, que por sua vez o captura e o coloca em seu barco como um simples empregado. Barba Negra é um misterioso Capitão, capaz de ressucitar coisas mortas e "zumbificar" seus tripulantes e precisa da fonte para não morrer, logo que há uma profecia que diz que um Pirata com perna de pau irá matá-lo. Entretanto, há um antigo ritual que precisa ser feito antes de "dar dias de vida" para uma pessoa, e para isto, ele terão que capturar uma sereia e conseguir sua lágrima, eles conseguem Syrena (Astrid Berges-Frisbey) que acaba se apaixonando pelo marujo e religioso Philip (Sam Claflin). E nesta jornada, todos enfrentarão os perigos desses mares e acontecimentos misteriosos, além de serem testados como pessoa para descobrir quem será aquele que será "salvo".
Para minha felicidade e para felicidade daqueles que também curtiram os outros filmes, esta quarta parte, respeita e muito o que já foi feito, é o mesmo estilo, o mesmo humor e...o ótimo Jack Sparrow está de volta e tão bom quanto antes! Rob Marshall como diretor não decepciona, consegue manter e muito bem a saga, entretanto, por mais que isso seja uma coisa boa, ele também não inova em nada, tudo que vemos na tela não nos surpreende, é tudo muito igual ao que já foi feito por Gore Verbinski. É válido citar, que "Navegando em Águas Misteriosas" me lembrou bem mais o filme original, "A Maldição do Pérola Negra", por ser redondinho, melhor explicado, sem as explosões e barulhos de "O Baú da Morte" e sem o roteiro confuso e complicado de "No Fim do Mundo". Neste, não há cenas mirabolantes de ação e aventura com muitos efeitos especiais, simplesmente não há, não há nenhuma cena marcante que fica em nossa mente assim como nos filmes anteriores, e o roteiro, além ser bastante original e criativo é melhor explicado que os dois últimos, mas também não empolga quanto estes.
"Navegando em Águas Misteriosas" é um show solo de Johnny Depp e seu Jack Sparrow, somente o que vemos são suas trapalhadas, seu jeito bêbado de ser e por isso, tem a a chance de brilhar mais, tem mais espaço, é ele quem guia a trama praticamente sozinho. Isto tem seu lado bom e seu lado ruim, o lado bom é que é Jack Sparrow, ponto. O lado ruim é que a trama não permite que os outros personagens apareçam, não há espaço para eles, e portanto nenhuma história que convença. Nem mesmo a presença de Penélope Cruz fez de Angelica uma personagem de maior destaque, o vilão não dá medo e também não empolga, o que é uma pena, Penélope e Ian McShane são atores que estavam ali dispostos a fazer algo de qualidade mas simplesmente não tiveram a chance, assim como Keira Knightley e Orlando Bloom nos anteriores, que eram outros protagonistas, interagiam com a história, faziam parte dela e devido a isso, fizeram tanta falta neste quarto filme, talvez nem seja a presença dos atores, mas sim, personagens carismáticos que interferissem mais no roteiro, que tivessem espaço para, digamos, acontecer no filme.
Johnny Depp brilha com seu Jack Sparrow e só por ele já vale o ingresso, suas aventuras ainda estão ótimas, é realmente hilário os acontecimentos e a maneira como sempre resolve seus problemas, sua falta de cavalherismo e ética e seu jeito único de ser, fantástico! Penélope Cruz está linda e se encaixou bem na trama, mas sua personagem não tem espaço para crescer e nem a atriz de provar algum talento, o mesmo ocorre com Ian McShane, seu Barba Negra é interessante e poderia nascer ali um bom vilão, mas não foi dessa vez, é incomparável com os temíveis Barbossa do primeiro e o antológico Davy Jones de Bill Nighy do segundo e terceiro. Geoffrey Rush mais uma vez incrível na pele do Capitão Barbossa e é o único coadjuvante que se destaca. Para suprir a falta do casal principal, colocaram Sam Claflin e a modelo Astrid Berges-Frisbey, mas faltou trama para os dois e pouco intereriram no resultado final, mas também não decepcionam.
O ponto alto do filme, além de Depp e Rush, é a trilha sonora feita pelas composições de Hans Zimmer, elas ainda empolgam e muito quando aparecem e é, talvez, a única coisa que fica na cabeça depois que o filme termina. É até estranho pensar de que se trata de uma continuação de "No Fim do Mundo", que terminou maravilhosamente bem, com um espetáculo de efeitos visuais, em cenas mirabolantes de fazer os olhos brilharem e o queixo cair, com sequências de fazer o coração quase sair para fora. Neste, esqueça tudo o que ocorreu anteriormente, é quase como um reinício, não espere pelas cenas marcantes que tinha em todos os filmes, aqueles finais com reviravoltas e sequências de tirar o fôlego, ainda acontecem coisas muito legais, admito, o roteiro (ainda de Ted Elliott e Terry Rossio), como disse anteriormente, ainda é interessante e criativo, diverte fácil e tem um ótimo ritmo, mas muito do que mais funcionava nos outros filmes aqui se perdeu.
Mas vale muito a pena, ainda é "Piratas do Caribe", ainda tem a aventura de boa qualidade, que nos prende, uma história interessante. Ainda terá aqueles cenários paradisíacos e belas imagens, junto com a ótima fotografia, figurinos bem feitos e aquela brilhante trilha de Zimmer. Dificilmente os fãs da saga se decepcionarão (tanto), ainda é um ótimo entretenimento, blockbuster de qualidade, coisa rara. Mesmo sendo inferior que os demais, por inúmeros motivos, não deixa de cumprir sua função de divertir e encantar aqueles que assistem. A essência de "Piratas do Caribe" ainda permanece...recomendo!
por Fernando Labanca
Aguardei e muito esta sequência, desde as primeiras notas da continuação de "No Fim do Mundo", acompanhei as notícias e novas imagens e tudo referente a "Pirates of the Caribbean - On Stranger Tides". Confesso que as mudanças no elenco e principalmente do diretor fez diminuir minhas expectativas, e desde então estive ciente de que não haveria como ser melhor ou pelo menos tão bom quanto os outros três filmes, o que de certa maneira, foi bom pensar assim, portanto, não houve decepções, logo que de fato, este é bem inferior aos outros.
O filme começa com Gibbs (Kevin McNally) um dos ex-integrantes do Pérola Negra, sendo arrastado para a forca, mas com a intervenção de Jack Sparrow que vai até Londres salvar a pele de seu antigo companheiro, consegue ser salvo da morte, mas a Corte Britânica ainda está na cola de Sparrow, que o prende, é onde ele reecontra o Capitão Barbossa (Geoffrey Rush) que agora trabalha para o Rei e tem como objetivo o mesmo de Jack, encontrar a lendária fonte da juventude e ele sabe que o Capitão trapaceiro tem as coordenadas, mas ele foge. Enquanto isso, Barbossa rapta Gibbs que tem a posse do mapa para a fonte, e agora com um novo barco e uma nova tripulação tem que chegar ao local antes da frota da Espanha que também está a procura da fonte.
Em Londres, Sparrow descobre que está havendo boatos de que ele está recrutando marujos para uma jornada em busca da fonte da juventude, o que é óbvio que não está. É quando descobre que esta farsa foi iniciada por Angelica (Penélope Cruz) um antigo caso não resolvido do passado do Capitão, que pretende ir atrás deste local para salvar a vida de seu pai, o Barba Negra, que por sua vez o captura e o coloca em seu barco como um simples empregado. Barba Negra é um misterioso Capitão, capaz de ressucitar coisas mortas e "zumbificar" seus tripulantes e precisa da fonte para não morrer, logo que há uma profecia que diz que um Pirata com perna de pau irá matá-lo. Entretanto, há um antigo ritual que precisa ser feito antes de "dar dias de vida" para uma pessoa, e para isto, ele terão que capturar uma sereia e conseguir sua lágrima, eles conseguem Syrena (Astrid Berges-Frisbey) que acaba se apaixonando pelo marujo e religioso Philip (Sam Claflin). E nesta jornada, todos enfrentarão os perigos desses mares e acontecimentos misteriosos, além de serem testados como pessoa para descobrir quem será aquele que será "salvo".
Para minha felicidade e para felicidade daqueles que também curtiram os outros filmes, esta quarta parte, respeita e muito o que já foi feito, é o mesmo estilo, o mesmo humor e...o ótimo Jack Sparrow está de volta e tão bom quanto antes! Rob Marshall como diretor não decepciona, consegue manter e muito bem a saga, entretanto, por mais que isso seja uma coisa boa, ele também não inova em nada, tudo que vemos na tela não nos surpreende, é tudo muito igual ao que já foi feito por Gore Verbinski. É válido citar, que "Navegando em Águas Misteriosas" me lembrou bem mais o filme original, "A Maldição do Pérola Negra", por ser redondinho, melhor explicado, sem as explosões e barulhos de "O Baú da Morte" e sem o roteiro confuso e complicado de "No Fim do Mundo". Neste, não há cenas mirabolantes de ação e aventura com muitos efeitos especiais, simplesmente não há, não há nenhuma cena marcante que fica em nossa mente assim como nos filmes anteriores, e o roteiro, além ser bastante original e criativo é melhor explicado que os dois últimos, mas também não empolga quanto estes.
"Navegando em Águas Misteriosas" é um show solo de Johnny Depp e seu Jack Sparrow, somente o que vemos são suas trapalhadas, seu jeito bêbado de ser e por isso, tem a a chance de brilhar mais, tem mais espaço, é ele quem guia a trama praticamente sozinho. Isto tem seu lado bom e seu lado ruim, o lado bom é que é Jack Sparrow, ponto. O lado ruim é que a trama não permite que os outros personagens apareçam, não há espaço para eles, e portanto nenhuma história que convença. Nem mesmo a presença de Penélope Cruz fez de Angelica uma personagem de maior destaque, o vilão não dá medo e também não empolga, o que é uma pena, Penélope e Ian McShane são atores que estavam ali dispostos a fazer algo de qualidade mas simplesmente não tiveram a chance, assim como Keira Knightley e Orlando Bloom nos anteriores, que eram outros protagonistas, interagiam com a história, faziam parte dela e devido a isso, fizeram tanta falta neste quarto filme, talvez nem seja a presença dos atores, mas sim, personagens carismáticos que interferissem mais no roteiro, que tivessem espaço para, digamos, acontecer no filme.
Johnny Depp brilha com seu Jack Sparrow e só por ele já vale o ingresso, suas aventuras ainda estão ótimas, é realmente hilário os acontecimentos e a maneira como sempre resolve seus problemas, sua falta de cavalherismo e ética e seu jeito único de ser, fantástico! Penélope Cruz está linda e se encaixou bem na trama, mas sua personagem não tem espaço para crescer e nem a atriz de provar algum talento, o mesmo ocorre com Ian McShane, seu Barba Negra é interessante e poderia nascer ali um bom vilão, mas não foi dessa vez, é incomparável com os temíveis Barbossa do primeiro e o antológico Davy Jones de Bill Nighy do segundo e terceiro. Geoffrey Rush mais uma vez incrível na pele do Capitão Barbossa e é o único coadjuvante que se destaca. Para suprir a falta do casal principal, colocaram Sam Claflin e a modelo Astrid Berges-Frisbey, mas faltou trama para os dois e pouco intereriram no resultado final, mas também não decepcionam.
O ponto alto do filme, além de Depp e Rush, é a trilha sonora feita pelas composições de Hans Zimmer, elas ainda empolgam e muito quando aparecem e é, talvez, a única coisa que fica na cabeça depois que o filme termina. É até estranho pensar de que se trata de uma continuação de "No Fim do Mundo", que terminou maravilhosamente bem, com um espetáculo de efeitos visuais, em cenas mirabolantes de fazer os olhos brilharem e o queixo cair, com sequências de fazer o coração quase sair para fora. Neste, esqueça tudo o que ocorreu anteriormente, é quase como um reinício, não espere pelas cenas marcantes que tinha em todos os filmes, aqueles finais com reviravoltas e sequências de tirar o fôlego, ainda acontecem coisas muito legais, admito, o roteiro (ainda de Ted Elliott e Terry Rossio), como disse anteriormente, ainda é interessante e criativo, diverte fácil e tem um ótimo ritmo, mas muito do que mais funcionava nos outros filmes aqui se perdeu.
Mas vale muito a pena, ainda é "Piratas do Caribe", ainda tem a aventura de boa qualidade, que nos prende, uma história interessante. Ainda terá aqueles cenários paradisíacos e belas imagens, junto com a ótima fotografia, figurinos bem feitos e aquela brilhante trilha de Zimmer. Dificilmente os fãs da saga se decepcionarão (tanto), ainda é um ótimo entretenimento, blockbuster de qualidade, coisa rara. Mesmo sendo inferior que os demais, por inúmeros motivos, não deixa de cumprir sua função de divertir e encantar aqueles que assistem. A essência de "Piratas do Caribe" ainda permanece...recomendo!
NOTA: 8,0
Obs: O 3D não faz diferença alguma, foi só uma medida para lucrar mais, não melhora as imagens, pelo contrário, nas cenas mais escuras (e existem muitas delas) é quase impossível enxergar os detalhes, então para se ter uma imagem menos danificada, prefira o 2D!
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