Quando "Tron - O Legado" chegou nos cinemas ano passado, fiquei realmente interessado logo pelos trailers que nos mostrava aquele visual novo e impactante. Decidido a assistí-lo, fiz o que sempre faço, pesquiso antes na internet para ver exatamente do que se trata a obra e para minha surpresa, descubro que o filme na verdade era uma continuação de uma ficção ciêntifíca dos anos 80. E antes de assistir "O Legado" fiz questão de ver o primeiro, o que ocorreu há poucas semanas atrás e logo após fui atrás da continuação, não só para fazer uma comparação, mas seguir uma linha cronológica e não correr o risco de ficar perdido na segunda trama. Aqui, então, eu vos escrevo o que achei sobre ambos projetos, que são separados por um período de quase 30 anos.
por Fernando Labanca
Tron - Uma Odisséia Eletrônica (Tron, 1982)
Um dos primeiros filmes da história a usar os efeitos da computação gráfica de forma tão ampla, é quase o filme inteiro de efeitos especiais, que pouco se conhecia na época, entretanto, "Tron" não foi um marco, produzido pela Disney e com Jeff Bridges como protagonista, o filme fora esquecido pelo tempo.
Na trama, conhecemos a "ENCON", uma grande companhia que trabalha no desenvolvimento de programas de computador de extrema inteligência. Não muito longe dali, Kevin Flynn (Bridges) é um ex-funcionário da empresa, um expert em criações de video-games, mas fora demitido e obrigado a trabalhar em uma Arcade por conta própria, tudo isso pois Ed Dillinger (David Warner) rouba suas idéias e é promovido a Vice-Presidente.
Alan Bradley (Bruce Boxleitner), amigo de Flynn e ainda funcionário da Encon, acaba de desenvolver TRON capaz de monitorar O Programa de Controle Mestre (MCP) criado por Dillinger. O MCP por sua vez, controla tudos os programas e é capaz de detectar invasores, o que ocorre quando Flynn cria CLU, um programa invasor da Encon para descobrir e revelar a todos a grande farsa de Ed. É então que Bradley e sua namorada Lora (Cindy Morgan) vão atrás de Kevin avisar que CLU fora detectado e seu plano fora por aguá a abaixo.
Até que Flynn resolve fazer o impossível, através do computador de Lora, dentro da Encon, invadir o próprio sistema, o que ele não esperava é que Lora desenvolvera uma máquina capaz de digitalizar objetos do mundo real para o mundo digital e por um incidente, Flynn se depara com um mundo novo, cibernético, o mundo dos programas, manipulados por MCP que captura novos programas e faz suas análises, se fosse inútil seria descartado, caso contrário o testariam em jogos de gladiadores. Entretanto, Kevin não passava de um Usuário, e lá acaba encontrando Tron e junto com ele, tenta vencer esses jogos e conquistar seus objetivos.
Um grande achado, admito. Um filme perdido no tempo mas que tem lá seu valor. Valor principalmente histórico, apesar de não ter tido reconhecimento, até por ser um filme fraco comparado com outras ficções ciêntíficas, mas por ser um dos primeiros a ser quase que inteiramente feito em computação gráfica. É interessantíssimo assistí-lo e analisar como o cinema evoluiu e o que a tecnologia era capaz de fazer naquela época e o que ela é capaz de fazer hoje. Foi muito arriscado fazê-lo, mas para a idéia de "Tron" não haveria outra forma para fazê-lo senão se arriscar numa tecnologia que ainda não sustentava essa grandeza de efeitos. Hoje quando vemos, parece tudo muito estranho, chega a dar dor de cabeça, mas é preciso analisá-lo como um filme de 82, e por isso, merece destaque, está longe de ser comparado a outros filmes da época como Blade Runner que fora lançado no mesmo ano, mas como havia dito, tem seu valor.
Mas o defeito mesmo da obra foi na hora de construir seu roteiro. A história é nova e bem criativa, aliás, com ela seria possível fazer um grandioso filme, mas isso não ocorreu. "Tron" não tem ritmo, é cansativo, nem mesmo os efeitos nos prende e a trama não é bem desenvolvida. Parece uma sequência de imagens que estão ali acontecendo, mas em nenhum momento nos sentimos interagidos com ela, não há como torcer por nenhum personagem, o filme acontece sózinho e não nos convense. Não há uma grande surpresa nem uma grande cena e ainda há diálogos vazios que nada expressam.
Vale conferir pela tecnologia usada, como forma de análise e perceber como os recursos de hoje permitem um resultado muito mais avançado e muito mais belo, visualmente falando. A história é bem original que nos desperta uma certa curiosidade por conhecer este mundo, que para nossa geração faz tudo muito sentido, mas acredito que naquela época, "usuário" e "bits", entre outras palavras desse universo fizeram muita gente desistir de compreendê-lo. Mas faltou desenvolver melhor a história e os personagens e nos levar para dentro deste mundo, poderia muito bem dizer que, se este filme fosse feito nos dias de hoje e com a tecnologia que temos daria um grande filme, mas isto ocorreu, ano passado e vejo que faz muito sentido resgatar "Tron" para os dias atuais e construir novamente este mundo mas com os recursos avançados.
Na trama, conhecemos a "ENCON", uma grande companhia que trabalha no desenvolvimento de programas de computador de extrema inteligência. Não muito longe dali, Kevin Flynn (Bridges) é um ex-funcionário da empresa, um expert em criações de video-games, mas fora demitido e obrigado a trabalhar em uma Arcade por conta própria, tudo isso pois Ed Dillinger (David Warner) rouba suas idéias e é promovido a Vice-Presidente.
Alan Bradley (Bruce Boxleitner), amigo de Flynn e ainda funcionário da Encon, acaba de desenvolver TRON capaz de monitorar O Programa de Controle Mestre (MCP) criado por Dillinger. O MCP por sua vez, controla tudos os programas e é capaz de detectar invasores, o que ocorre quando Flynn cria CLU, um programa invasor da Encon para descobrir e revelar a todos a grande farsa de Ed. É então que Bradley e sua namorada Lora (Cindy Morgan) vão atrás de Kevin avisar que CLU fora detectado e seu plano fora por aguá a abaixo.
Até que Flynn resolve fazer o impossível, através do computador de Lora, dentro da Encon, invadir o próprio sistema, o que ele não esperava é que Lora desenvolvera uma máquina capaz de digitalizar objetos do mundo real para o mundo digital e por um incidente, Flynn se depara com um mundo novo, cibernético, o mundo dos programas, manipulados por MCP que captura novos programas e faz suas análises, se fosse inútil seria descartado, caso contrário o testariam em jogos de gladiadores. Entretanto, Kevin não passava de um Usuário, e lá acaba encontrando Tron e junto com ele, tenta vencer esses jogos e conquistar seus objetivos.
Um grande achado, admito. Um filme perdido no tempo mas que tem lá seu valor. Valor principalmente histórico, apesar de não ter tido reconhecimento, até por ser um filme fraco comparado com outras ficções ciêntíficas, mas por ser um dos primeiros a ser quase que inteiramente feito em computação gráfica. É interessantíssimo assistí-lo e analisar como o cinema evoluiu e o que a tecnologia era capaz de fazer naquela época e o que ela é capaz de fazer hoje. Foi muito arriscado fazê-lo, mas para a idéia de "Tron" não haveria outra forma para fazê-lo senão se arriscar numa tecnologia que ainda não sustentava essa grandeza de efeitos. Hoje quando vemos, parece tudo muito estranho, chega a dar dor de cabeça, mas é preciso analisá-lo como um filme de 82, e por isso, merece destaque, está longe de ser comparado a outros filmes da época como Blade Runner que fora lançado no mesmo ano, mas como havia dito, tem seu valor.
Mas o defeito mesmo da obra foi na hora de construir seu roteiro. A história é nova e bem criativa, aliás, com ela seria possível fazer um grandioso filme, mas isso não ocorreu. "Tron" não tem ritmo, é cansativo, nem mesmo os efeitos nos prende e a trama não é bem desenvolvida. Parece uma sequência de imagens que estão ali acontecendo, mas em nenhum momento nos sentimos interagidos com ela, não há como torcer por nenhum personagem, o filme acontece sózinho e não nos convense. Não há uma grande surpresa nem uma grande cena e ainda há diálogos vazios que nada expressam.
Vale conferir pela tecnologia usada, como forma de análise e perceber como os recursos de hoje permitem um resultado muito mais avançado e muito mais belo, visualmente falando. A história é bem original que nos desperta uma certa curiosidade por conhecer este mundo, que para nossa geração faz tudo muito sentido, mas acredito que naquela época, "usuário" e "bits", entre outras palavras desse universo fizeram muita gente desistir de compreendê-lo. Mas faltou desenvolver melhor a história e os personagens e nos levar para dentro deste mundo, poderia muito bem dizer que, se este filme fosse feito nos dias de hoje e com a tecnologia que temos daria um grande filme, mas isto ocorreu, ano passado e vejo que faz muito sentido resgatar "Tron" para os dias atuais e construir novamente este mundo mas com os recursos avançados.
NOTA: 5
Tron - O Legado (Tron Legacy, 2010)
Não como refilmagem, mas sim uma continuação, a idéia de trazer "Tron" da década de 80 para a nova geração foi certamente uma grande sacada, não só porque hoje há tecnologia para sustentar este universo, mas porque mesmo depois de 28 anos, a linguagem desta obra é muito atual, provando o quão avançado estava "tron" de sua época quando fora lançado. Desta vez, dirigido por Joseph Kosinski, enquando o diretor do anterior Steven Lisberger volta como produtor, e ainda contando com Jeff Bridges no mesmo papel.
Assim como na vida real, muitos anos se passaram desde o término dos últimos acontecimentos. Flynn se tornou presidente da Encon e ainda tem Bradley como seu braço direito. Teve um filho, Sam, mas sempre foi muito ausente. Enquanto isso, no mundo digital, são criados ISO's, programas inteligentes que não foram desenvolvidos por Usuários, CLU, o programa de Flynn os vê como vírus e decide exterminá-los, mas o próprio Fynn e Tron o impedem, nascendo ali uma inimizade que custaria a liberdade de Kevin, que fica preso novamente no mundo cibernético, não deixando rastros no mundo real. Muitos outros anos se passam, CLU passa a seguir um caminho inesperado perdendo o controle de si mesmo, quer invadir a Terra a continuar sua destruição para fora daquele mundo, entretanto, para isso, precisava de um programa criado por Kevin, capaz de materializar coisas digitais, que se encontrava exatamente no "disco" de Flynn, disco que todos possuem onde contém todas as informações e memórias de um "programa".
Para isso, CLU envia uma mensagem para Bradley para que ele retormasse e se tornasse seu refém, mas quem retorna é Sam (Garrett Hedlund), a anos tentando encontrar respostas do desaparecimento de seu pai, e sem compreender o que realmente significava tudo aquilo, se depara com um mundo novo, Sam é detectado como um programa e não como um Usuário, passando assim, pelo mesmo processo que Flynn passara anos atrás. Até que é salvo por Quorra (Olivia Wilde), uma ISO que o leva finalmente até seu pai. A partir de então, Sam, Quorra e Kevin tentam chegar a um portal que seria aberto para o mundo real, mas até lá, teriam que enfrentar programas terríveis que querem a todo custo as informações de Flynn.
Assistindo a "Tron-O Legado" dá para entender o porque da Disney resgatar este universo, ainda há muito o que contar, um mundo muito amplo e cheio de novas possibilidades, mas agora com a vantagem de se ter recursos para se produzir longas-metragens desse porte. A história desta sequência ainda é bem criativa, aproveita bem os termos tecnológicos e dialoga com a nova geração, mas ainda comete os mesmos erros do anterior, que é ainda não conseguir envolver o público por inteiro, falta criar um interesse maior, a trama mais uma vez acontece sem nos convenser tanto, e que apesar da originalidade do projeto, falta uma mão mais segura para comandar tudo isso, de um roteiro que consiga desenvolver as tramas (e sub-tramas) e um diretor que dê mais ritmo, pois ainda há passagens cansativas e que não despertam nenhum interesse. Mas vale lembrar que Joseph Kosinski é iniciante, então, digamos, foi um bom começo.
Não há como ver a este filme e não se encantar com o visual. Estéticamente falando, o filme é fantástico. As luzes de néon, a iluminação, o design futurístico, figurinos interessantes, enfim, toda a direção de arte se empenha para fazer algo de qualidade e conseguem. Mas o melhor de tudo isso, é que conseguiram não só fazer algo belíssimo, mas também conseguiram reconstruir aquele universo de 82, houve muito respeito da equipe técnica por justamente respeitar aquilo que havia sido criado e melhorá-lo, tudo o que vimos no primeiro aqui retorna, mas muito melhor, visualmente. Portanto, quem admira o original, dificilmente se decepcionará com a segunda parte, há todo um cuidado para manter a idéia do primeiro, e por isso, tem seu valor. Outro ponto muito positivo é sua trilha sonora, composta por Daft Punk e suas batidas eletrônicas que se encaixam perfeitamente nas cenas, incrível!
Garrett Hedlund já não é mais novato no cinema, por mais que ainda seje um rosto desconhecido por muitos, o ator cresceu como profissional e se dá bem como protagonista, convense, e seu personagem é melhor desenvolvido do que Jeff Bridges no original. Este, que retorna ainda como Flynn, que deve ter se divertido, reprisando quase 30 anos depois, o mesmo papel, e se sai melhor também, óbvio, anos de experiência e um Oscar nas costas, e ainda há toda uma história interessante para seu personagem, seu envolvimento com o filho, é tudo muito bobo, para falar a verdade, mas ainda assim, faz com que o filme flua melhor que o primeiro, não deixando de ser algo vazio só para mostrar um mundo diferente, onde os personagens são meras peças de tabuleiro, aqui eles existem e tem sentimentos, um ponto positivo para "O Legado". Ainda há Olivia Wilde, sempre bela e isso é o suficiente para Quorra, e o versátil Michael Sheen, caricato ao extremo como vilão secundário, mas interessante.
Visualmente, muito melhor, é claro. Aliás, pelo visual já vale muito a pena conferir "Tron-O Legado", que aliás, seje até um filme feito para mostrar uma nova tecnologia e um visual impactante, onde a história é um mero pano de fundo, mas também este não foi o primeiro e nem será o último longa a fazer isto, mas que consegue divertir e entreter, consegue, ainda não por completo devido aos defeitos como falta de ritmo e um fraco desenvolvimento das tramas, e os inúmeros clichês, enfim, inovação aqui é só no visual. Vale ainda citar, que recomendo ainda ver o primeiro antes de chegar no segundo, facilita e muito a compreensão de alguns detalhes. O filme termina e não nos esquecemos dele alguns segundos depois, assim como ocorreu em "Uma Odisséia Eletrônica", mas também está longe de ser uma obra memorável, ainda há muito o que melhorar, logo que em breve veremos "Tron 3" e não me surpreenderia em ver muitos outros vindo por aí...! Dá para arriscar, mas ainda não espere muita coisa.
Assim como na vida real, muitos anos se passaram desde o término dos últimos acontecimentos. Flynn se tornou presidente da Encon e ainda tem Bradley como seu braço direito. Teve um filho, Sam, mas sempre foi muito ausente. Enquanto isso, no mundo digital, são criados ISO's, programas inteligentes que não foram desenvolvidos por Usuários, CLU, o programa de Flynn os vê como vírus e decide exterminá-los, mas o próprio Fynn e Tron o impedem, nascendo ali uma inimizade que custaria a liberdade de Kevin, que fica preso novamente no mundo cibernético, não deixando rastros no mundo real. Muitos outros anos se passam, CLU passa a seguir um caminho inesperado perdendo o controle de si mesmo, quer invadir a Terra a continuar sua destruição para fora daquele mundo, entretanto, para isso, precisava de um programa criado por Kevin, capaz de materializar coisas digitais, que se encontrava exatamente no "disco" de Flynn, disco que todos possuem onde contém todas as informações e memórias de um "programa".
Para isso, CLU envia uma mensagem para Bradley para que ele retormasse e se tornasse seu refém, mas quem retorna é Sam (Garrett Hedlund), a anos tentando encontrar respostas do desaparecimento de seu pai, e sem compreender o que realmente significava tudo aquilo, se depara com um mundo novo, Sam é detectado como um programa e não como um Usuário, passando assim, pelo mesmo processo que Flynn passara anos atrás. Até que é salvo por Quorra (Olivia Wilde), uma ISO que o leva finalmente até seu pai. A partir de então, Sam, Quorra e Kevin tentam chegar a um portal que seria aberto para o mundo real, mas até lá, teriam que enfrentar programas terríveis que querem a todo custo as informações de Flynn.
Assistindo a "Tron-O Legado" dá para entender o porque da Disney resgatar este universo, ainda há muito o que contar, um mundo muito amplo e cheio de novas possibilidades, mas agora com a vantagem de se ter recursos para se produzir longas-metragens desse porte. A história desta sequência ainda é bem criativa, aproveita bem os termos tecnológicos e dialoga com a nova geração, mas ainda comete os mesmos erros do anterior, que é ainda não conseguir envolver o público por inteiro, falta criar um interesse maior, a trama mais uma vez acontece sem nos convenser tanto, e que apesar da originalidade do projeto, falta uma mão mais segura para comandar tudo isso, de um roteiro que consiga desenvolver as tramas (e sub-tramas) e um diretor que dê mais ritmo, pois ainda há passagens cansativas e que não despertam nenhum interesse. Mas vale lembrar que Joseph Kosinski é iniciante, então, digamos, foi um bom começo.
Não há como ver a este filme e não se encantar com o visual. Estéticamente falando, o filme é fantástico. As luzes de néon, a iluminação, o design futurístico, figurinos interessantes, enfim, toda a direção de arte se empenha para fazer algo de qualidade e conseguem. Mas o melhor de tudo isso, é que conseguiram não só fazer algo belíssimo, mas também conseguiram reconstruir aquele universo de 82, houve muito respeito da equipe técnica por justamente respeitar aquilo que havia sido criado e melhorá-lo, tudo o que vimos no primeiro aqui retorna, mas muito melhor, visualmente. Portanto, quem admira o original, dificilmente se decepcionará com a segunda parte, há todo um cuidado para manter a idéia do primeiro, e por isso, tem seu valor. Outro ponto muito positivo é sua trilha sonora, composta por Daft Punk e suas batidas eletrônicas que se encaixam perfeitamente nas cenas, incrível!
Garrett Hedlund já não é mais novato no cinema, por mais que ainda seje um rosto desconhecido por muitos, o ator cresceu como profissional e se dá bem como protagonista, convense, e seu personagem é melhor desenvolvido do que Jeff Bridges no original. Este, que retorna ainda como Flynn, que deve ter se divertido, reprisando quase 30 anos depois, o mesmo papel, e se sai melhor também, óbvio, anos de experiência e um Oscar nas costas, e ainda há toda uma história interessante para seu personagem, seu envolvimento com o filho, é tudo muito bobo, para falar a verdade, mas ainda assim, faz com que o filme flua melhor que o primeiro, não deixando de ser algo vazio só para mostrar um mundo diferente, onde os personagens são meras peças de tabuleiro, aqui eles existem e tem sentimentos, um ponto positivo para "O Legado". Ainda há Olivia Wilde, sempre bela e isso é o suficiente para Quorra, e o versátil Michael Sheen, caricato ao extremo como vilão secundário, mas interessante.
Visualmente, muito melhor, é claro. Aliás, pelo visual já vale muito a pena conferir "Tron-O Legado", que aliás, seje até um filme feito para mostrar uma nova tecnologia e um visual impactante, onde a história é um mero pano de fundo, mas também este não foi o primeiro e nem será o último longa a fazer isto, mas que consegue divertir e entreter, consegue, ainda não por completo devido aos defeitos como falta de ritmo e um fraco desenvolvimento das tramas, e os inúmeros clichês, enfim, inovação aqui é só no visual. Vale ainda citar, que recomendo ainda ver o primeiro antes de chegar no segundo, facilita e muito a compreensão de alguns detalhes. O filme termina e não nos esquecemos dele alguns segundos depois, assim como ocorreu em "Uma Odisséia Eletrônica", mas também está longe de ser uma obra memorável, ainda há muito o que melhorar, logo que em breve veremos "Tron 3" e não me surpreenderia em ver muitos outros vindo por aí...! Dá para arriscar, mas ainda não espere muita coisa.
NOTA: 6.5
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